Como se casar com um marquês

Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 320

Ano: 2017

Publicado em: 09/01/2018

Sinopse:

Elizabeth Hotchkiss precisa se casar com um homem rico, e bem rápido. Com três irmãos mais novos para sustentar, ela sabe que não lhe resta outra alternativa. Então, quando encontra o livro Como se casar com um marquês na biblioteca de lady Danbury, para quem trabalha como dama de companhia, ela não pensa duas vezes: coloca o exemplar na bolsa e leva para casa. Incentivada por uma das irmãs, Elizabeth decide encontrar um homem qualquer para praticar as técnicas ensinadas no pequeno manual. É quando surge James Siddons, marquês de Riverdale e sobrinho de lady Danbury, que o convocou para salvá-la de um chantagista. Para realizar a investigação, ele finge ser outra pessoa. E o primeiro nome na sua lista de suspeitos é justamente... Elizabeth Hotchkiss. Intrigado pela atraente jovem com o curioso livrinho de regras, James galantemente se oferece para ajudá-la a conseguir um marido, deixando-a praticar as técnicas com ele. Afinal, quanto mais tempo passar na companhia de Elizabeth, mais perto estará de descobrir se ela é culpada. Mas quando o treinamento se torna perfeito demais, James decide que só há uma regra que vale a pena seguir: que Elizabeth se case com seu marquês.

Se você assim como eu, também se considera tiete da Julia Quinn, recomendo que pare tudo, esqueça do mundo lá fora e se concentre nessa resenha. Preciso contar um segredo a vocês: esse é o melhor livro da Julia que li na vida.

Resenha:

Somos apresentados a uma jovem dama chamada Elizabeth Hotchkiss, órfã de pai e mãe, e por amar tanto os irmãos mais novos e querer manter o que sobrou de sua família unida, tomou para si a responsabilidade de criar os três sozinha. Susan de 14 anos, Jane de 9 e Lucas de apenas 8 são as pessoas que Elizabeth mais ama no mundo.

Porém ao morrer, o pai de nossa jovem dama, os deixou sem aparentemente muitos recursos financeiros, e no decorrer dos anos, a pobreza se alastrou no clã dos Hotchkiss. Elizabeth se vê desesperada sem saber o que fazer com a sua vida e o futuro dos irmãos. A única solução seria se casar o quanto antes, e com um homem bem rico.

Trabalhando como dama de companhia de Lady Danbury (certeza que vocês sentiram falta da senhora mais sincera de toda a Inglaterra e que sempre diz o que quer), em uma tarde qualquer, acaba encontrando um livro peculiar na biblioteca de sua senhora: Como se casar com um marques. Mas afinal de contas que livro seria esse? Agindo por impulso Elizabeth decide levar o livro para casa e ver se encontra algo que a ajude nessa caça a um marido rico.

Ela o estava testando, a maldita moça. Ele não sabia o motivo ao certo, mas ela com certeza o estava testando. Só que ele não a deixaria vencer. James Sidwell havia se disfarçado mais vezes do que podia contar e nunca se descuidara. (Página 67)

O mundo de Elizabeth muda da água para o vinho quando o sobrinho de Lady Danbury chega para ajudar a tia a escapar das garras de um chantagista. James Siddons, o marquês de Riverdale (quem aqui sentiu falta desse pecado ambulante?), precisa fingir ser outra pessoa para realizar a investigação sobre a tal chantagem.

A primeira suspeita de James é justamente Elizabeth, ele não entende as atitudes estranhas que a jovem tem sempre que está perto dele. Mal sabe que nossa dama ao pensar que ele se trata de um simples administrador, está apenas treinando os ensinamentos do maldito livro de regras que encontrou afim de que esteja preparada para quando conhecer um marquês de verdade.

Queria conhecer o passado, o presente e o futuro de Elizabeth. Queria saber se ela falava francês, se gostava de chocolate e se já lera Molière. Acima de tudo, queria saber os segredos por trás de cada minúsculo sorriso que se abria no rosto dela. (Página 96)

Como o destino brinca com as pessoas, não? James jamais esperava se encantar pela jovem dama atrapalhada e linda. E ao descobrir sobre o livro, decide deixar que ela pratique com ele e promete ajudá-la a encontrar um marido. Quanto mais tempo passar ao lado de Elizabeth, poderá descobrir se ela é de fato inocente ou não.

O destino surpreende tanto a James quanto a Elizabeth, quando ambos passam a nutrir sentimentos muito fortes um pelo outro. E não importa se James prometeu nunca se casar, ou se Elizabeth precisa se casar com alguém rico, já que acredita estar apaixonada por um simples administrador, o amor falará mais alto ao coração dessas duas pessoas, completamente diferentes.

Lady Danbury sorriu enquanto observava sua dama de companhia fechar a porta ao sair.
– Estou fazendo um bom trabalho – disse para si mesma, a voz carregada de ternura… e talvez com um ligeiro toque de autossatisfação. – Ela está se tornando a cada dia mais parecida comigo. (Página128)

Definitivamente esse foi um dos melhores livros da Julia Quinn que li. Ela soube criar uma historia tão perfeita que não falta nada. Tudo o que amamos nos romances de época tem em dobro aqui. Uma narrativa fluida, agradável, comovente, emocionante, cativante e apaixonante.

Ela odiava o fato de que ele não estava errado naquela certeza arrogante, odiava não ter capacidade para recusar nada a James quando ele a segurava nos braços daquela forma. Mas amou a consciência aguda que a dominou – uma sensação estranha de que, pela primeira vez na vida, compreendia o próprio corpo. (Página 165)

Um núcleo de personagens fabulosos que dão cor e graça a história. É impossível não se pegar imitando o modo de falar o que pensa de Lady Danbury, ou o modo de responder a altura de Elizabeth e de treinar um sorriso malicioso e tentar bancar o espião como James. É impossível não se apaixonar por essa história e  não querer entrar no livro só para observar, mesmo que seja de longe a vida desses personagens.

Elizabeth vai tocar o seu coração meu caro leitor, James vai encantar os seus sonhos e Lady Danbury vai matá-lo de rir. Ah, e o casal Ravenscroft aparece por aqui, pensaram que o melhor amigo de James e sua adorável esposa intrometida não dariam as caras? haha

Foi o tipo de beijo pelo qual uma mulher morreria, o tipo de beijo que uma mulher não interromperia mesmo se as chamas do inferno estivessem lambendo seus pés. Elizabeth sentiu o corpo despertar por dentro e seus braços soltaram o tronco da árvore e envolveram James. Ela tocou os braços dele, os ombros, o pescoço, até suas mãos finalmente descansarem nos cabelos densos. (Página 292)

Indico esse livro com o coração aquecido de amor e posso dizer com toda a certeza: é uma história fantástica. Quem aqui já leu? Me contem e vamos discutir sobre o mistério da chantagem, até agora estou sem acreditar nisso. rs

2 Comentários

  1. Marina Mafra09 jan, 2018Responder

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