Ilha de Vidro (Os Guardiões #3)

Nora Roberts

Editora: Arqueiro

Páginas: 288

Ano: 2018

Publicado em: 28/12/2018

Sinopse:

Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax. Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela. Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração. À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.

Encerrar uma série nunca é fácil, aquele sentimento de saudade e tristeza pelo fim é algo que aperta o nosso coração. Principalmente quando é uma série que nos marca profundamente. Assim está sendo com o fim da trilogia Os guardiões, já sinto uma falta imensa dessa história, e sei que nunca vou esquecê-la. Nora Roberts realmente é a rainha da escrita. Se você não leu os dois primeiros livros, talvez tenha algum spoiler deles nessa resenha, sinto muito. (confira a resenha do primeiro volume aqui e do segundo aqui)

“– Não gosto de usar o destino como motivo ou desculpa, mas o fato incontestável é que nós seis estamos juntos, como era para ser. Nosso dever é encontrar as Estrelas da Sorte e acabar com Nerezza.” (p. 16)

Em Ilha de Vidro, o ultimo volume dessa história épica, nossos amados guardiões vivem aquela que será uma das maiores aventuras que já tiveram: a busca pela ultima estrela. Acompanhar essa jornada ao longo dos três livros foi incrível. Sinto que cresci e aprendi com cada um dos seis guardiões.

“– Mesmo quando houver três estrelas, de fogo, água e gelo, nas mãos dos guardiões, as batalhas não terminarão. – Enquanto Sasha falava, seus olhos se tornaram escuros e profundos. – Quando houver três estrelas, porque três foram feitas e dadas aos mundos, a escuridão buscará mais sangue e mais morte. Derrotem-na em união. Que ela caia no caos. Escolhas serão feitas, caminhos serão seguidos. Mantenham-se verdadeiros, mantenham-se três, um por dois, e então, somente então, a Ilha de Vidro aparecerá. Somente então ela se revelará para os decididos e de coração valente. – Com a visão ardendo como mil sóis, Sasha se virou para os outros. – Vocês viajarão através da tempestade? Darão um salto de fé? Verão o que vive dentro da pedra e da tristeza? E encontrarão a última? E, ao encontrá-la, se manterão fortes e verdadeiros?” (p. 37)

Sasha a vidente, Bran o bruxo, Sawyer o viajante, Annika a sereia, Riley a loba arqueóloga e Doyle o imortal compõe o grupo mais diversificado que existe na face da terra. A união entre eles sempre foi algo que me encantou, mas nesse ultimo livro o grupo se uniu tanto, ao ponto de tornarem-se verdadeiramente uma família. E com isso varias descobertas sobre o passado vieram à tona.

“– Fomos colocados nesse rumo, todos nós. Fomos unidos para um objetivo: encontrar e devolver as estrelas, salvar os mundos. Estamos quase lá. Acredito que podemos fazer isso. Acho que podemos completar a busca. Só que depois, Doyle, ninguém sabe se viveremos felizes para sempre. Ninguém sabe se estamos destinados a matar a deusa da escuridão e fazer a dancinha da vitória.” (p. 48)

As conexões entre passado e presente são o ponto alto desse livro. Muitas coisas foram reveladas, e principalmente a verdade sobre as estrelas e as três deusas que as criaram. Achei de uma genialidade incrível a trama criada pela Nora Roberts e me pergunto mais uma vez: de onde essa mulher tira tanta criatividade para boas histórias?

“– Isso é tão bonito! – Annika abraçou Riley e, depois, Doyle. – Somos uma família de verdade agora.

– De sangue. – Sasha falou enquanto o céu se iluminava no leste. – Concebidos e nascidos na Ilha de Vidro, amamentados e acalentados pelas mães, as deusas, e enviados de um mundo para outro. Concebidos com as estrelas, nascidos com a luz, dotados e ofertados. Levados pelos ventos do destino, reunidos, sangue do sangue, um milênio mais dois desde a queda. A Estrela de Gelo aguarda, congelada no tempo e no espaço. Seu dia chegará quando os mundos pararem por cinco batimentos de um coração. Fogo para ver, água para sentir, gelo para combater, para ocuparem seu lugar quando as Três de Toda Vida brilharem de novo.” (p. 78)

Nerezza a deusa louca das trevas está cada vez mais maligna e agora contando com a ajuda de seu fiel servo, o demônio Malmon, tudo o que ela mais quer é acabar com a vida dos guardiões e tomar as estrelas para si.

“– Lutamos pela luz e pela justiça. Tudo que somos em corpo, espírito e mente vai além das estrelas que encontrarmos. Nesta noite, com esta marca, somos um clã, e sob este símbolo a união permanece.” (p. 167)

Uma coisa que eu amo é o simbologismo, a ideia de que por trás dos símbolos existem verdades ocultas e de suma importância para a compreensão humana. Nora usou e abusou dessa teoria, o que foi uma excelente construção para o desenvolvimento final dessa história.

“– Três divisões do tempo – pensou em voz alta. – Passado, presente e futuro. Dos primeiros três números se originam todos os outros. O que compõe um homem ou uma mulher: mente, corpo, espírito. Três. A maioria das culturas usa o 3 como um símbolo de poder ou de filosofias. Os celtas, os druidas, os gregos, a cristandade. A arte e a literatura.” (p. 211)

Ilha de vidro é mais focado em Riley e Doyle, tanto na questão da metamorfose dela quanto no passado dele, e o desenvolvimento amoroso de duas pessoas que se completam sem ao menos se darem conta disso. Caramba como eu torcia por esse casal desde o primeiro livro haha.

A busca pelas estrelas da sorte, antes era apenas uma lenda, uma historia passada de geração a geração, uma esperança de um destino heróico em lutar contra o mal, algo que uns nem sabiam ser possível, mas que se provou uma das maiores aventuras já vividas pelas seis pessoas que embarcaram nessa jornada.

Como eu já disse, vou sentir uma saudade imensa dessa história e desses personagens. Houve uma cena tão engraçada nesse livro (uma das muitas que Nora sabe conduzir muito bem), que eu estava lendo enquanto bebia chá, e não consegui segurar a gargalhada, acabei cuspindo chá em tudo haha.

Recomendo demais que conheçam essa trilogia épica e encantadora. Sou suspeita, mas amo a escrita da Nora rs. E você, já leu ou tem vontade de ler algo dela? Me conte.

deixe seu comentário