Maria do Sol

Alice Raposo

Editora: Fundação Quixote

Páginas: 127

Ano: 2016

Resenha:

“Um crime, uma culpa, um fantasma…”

Pedrinho possui pais ocupados com a correria da vida. Vicentinho e Sofia não planejaram Pedrinho, o menino foi o motivo de acelerarem seus planos. Seu Felinto e Dona Carlota são os pais de Vicentinho, muito acolhedores e queridos. Porém Seu Felinto sempre foi muito claro com o filho, primeiro ele deveria se estabilizar e depois viria a família. Quando souberam do neto que estava chegando, não puderam fazer muito, então ofereceram apoio e já amavam o neto.

“Ter ao alcance das mãos quem amamos é a maior dádiva que um homem pode ter. O brilho dos olhos não se compra, ele vem do coração. Quando amamos de verdade e temos a pessoa certa perto, não tem como a vida ser infeliz.”

O tempo passou, Pedrinho cresceu e fazia muitas atividades além da escola, pois os seus pais achavam importante para ele. Mas a criação dele ficou por conta de Milena, a babá e única amiga.

Havia algo de diferente em Pedrinho. Ele era muito sozinho e quieto, não se esforçava para fazer amigos. Os pais achavam que era da idade, não prestavam atenção. Milena se preocupa e avisa Dona Carlota, que tenta inutilmente alertar o filho. Para os pais, Pedrinho era um menino normal.

Quando adulto, Pedrinho continua solitário. A verdade é que ele guardava um segredo e esse segredo o atormentava e assombrava desde a infância.

“[…] como fugir de algo que está dentro de nós? Este deve ser o pior dos inimigos, o mais difícil de vencer. Como encarar a si mesmo? Como fugir de algo que amedronta a alma?”

Dedicado aos estudos por uma vida inteira, a faculdade exige que Pedrinho faça terapia. Como psicólogo ele precisaria também cuidar de si. É quando ele tem a oportunidade de falar para alguém, de finalmente desabafar, falar do que mudara ele desde a infância e ninguém notou.

“Todos nós, às vezes, somos atormentados por fantasmas que criamos e só existem em nossa cabeça.”

Ele percebe que tudo estava relacionado a um fato, uma tarde, um acidente e um nome: Maria do Sol. Seria real? Você vai precisar mergulhar nessa história para saber.

O livro é tão pequeno que parece um conto. Leitura leve, gostosa. Um alerta para o cuidado com os filhos, a importância do acompanhamento dos pais. Alice me fez refletir sobre os meus fantasmas, sobre como eu venho encarando eles. Todos temos segredos, no fundo da alma e isso não nos torna ruins, apenas nos certifica de que somos humanos. Por favor! Leiam essa fofura!

Sobre a autora: Alice Raposo nasceu no Maranhão. Estudou até a quarta série quando veio passar férias no Piauí e recebeu a notícia que não voltaria mais. Escreveu peças de teatro apresentadas na igreja sob sua direção. Fez cursos de teatro e participou de grupos de teatro. Cursou até o quinto período de Odontologia na UFPI. Depois cursou Direito no Instituto Camillo Filho. Atualmente é servidora do judiciário trabalhista.

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Obrigada por me presentear com essa leitura Alice! Sucesso! Beijo com carinho.

Publicado em: 27/06/2016

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