Sinopse:
Nesta versão da história bíblica de Oseias, Francine Rivers conta o romance entre uma prostituta e o honesto e gentil agricultor que se casa com ela. 'Amor de redenção' começa com a Corrida do Ouro de 1850 e sua atmosfera de dura competitividade e ganância. Angel, vendida como prostituta quando criança, aprendeu a desconfiar de todos os homens, que a veem apenas como uma forma de satisfazer seus desejos. Quando o virtuoso Michael Hosea recebe de Deus a ordem de se casar com Angel, ele obedece, apesar de seus receios.
“Amor de redenção é a mais poderosa obra de ficção que você lerá em sua vida”
Esta frase está gravada na contracapa do livro que colocou Francine Rivers no topo da lista das minhas autoras contemporâneas preferidas.
O livro conta a história de Angel, uma garota que vive nos Estados Unidos do século XIX e passa pelos piores sofrimentos que alguém pode temer. Desde a rejeição do pai à perda da mãe, e todo tipo de atrocidade as quais acaba sendo submetida a partir disso (e que quase me fizeram abandonar a leitura).
A moça passa a desacreditar do amor humano depois que se livra de um cárcere e acaba sendo mantida em outro, até que conhece um homem que pode mudar sua vida.
“Como vou convencê-la de que há gente boa no mundo, se todos que ela conheceu a usaram e depois a condenaram por isso?”
Michael Hosea não estava tentando “resgatar” ninguém. Virar um herói nunca esteve exatamente nos seus planos. Ele sempre fez o tipo pacato, que queria viver uma vida tranquila. Mas um dia Angel estava passando e Deus falou para Michael que aquela seria sua esposa. Ele acreditou, é claro. Afinal foi seu Senhor quem havia revelado. O que não contava é que ela seria a prostituta mais desejada da cidade.
Michael liberta Angel do cárcere, mas não consegue o amor dela por isso. Pelo contrário, tudo o que a garota quer é se ver livre dele, mesmo que o rapaz não exija a consumação do casamento – ele estava rejeitando… logo… sexo? A única coisa que estava disposta a oferecer? Ela não consegue entender e faz de tudo para magoá-lo, se afastar, por mais que o marido apenas faça bem para ela.
“Ele fala com todos pessoalmente. Só que a maioria das pessoas não lhe dá atenção.”
Só com o tempo, com amor e perseverança, Michael começa a tocar seu coração e Angel vai precisar lutar com os próprios medos até perceber que, além do marido, existe alguém de quem nunca precisará temer o abandono.
“Mas uma voz pequenina e calma dentro de si ficava repetindo sem parar. Viva. Continue. Não desista.”
Amor de redenção é inspirado na história bíblica de Oséias, e apesar da ficção por si só ser empolgante (você não precisa ser necessariamente cristão para curtir), me fez refletir por semanas sobre o amor de Deus.
Meu primeiro pensamento ao me deparar com as atitudes de Michael na história foi “esse homem é um exemplo de perfeito cristão. Mas é claro que não existe”.
Levei pouco tempo para perceber que ele, na verdade, é a imagem do amor de Cristo. Da sua divina capacidade de nos perdoar, de novo e de novo, não importa quantas vezes voltemos a magoá-lo. Uma lembrança de como a graça de Deus se renova constantemente, apesar de não merecermos (e de como isso nos transforma).
Que é, também, a imagem do que devemos ser, como cristãos, para com as pessoas que dizemos amar. Do quão pouco realmente amamos como Cristo. A prova disso está em o enxergarmos Michael como uma utopia. Inalcançável.
“— E se Deus disser não?
— Então é porque ele tem alguma outra coisa em mente, uma coisa melhor do que somos capazes de imaginar.”
O que eu posso dizer sobre essa história é que ela revolucionou meu coração. Penetrou minha mente como nenhuma ficção conseguiu antes.
E que sejamos sempre Michael Hosea, por todas as vezes em que fomos Angel e, mesmo assim, Deus nos amou.
O livro vai ganhar adaptação cinematográfica prevista para a primavera de 2021. Michael e Angel serão interpretados pelos atores Tom Lewis e Abigail Cowen.