Sinopse:
August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
Resenha:
…carregamos conosco, como seres humanos, não apenas a capacidade de ser gentil, mas a opção pela gentileza. (Sr.Buzanfa – diretor da escola)
Isabel e Nate eram pais de dar inveja em qualquer um que conhecesse a família Pullman. Divertidos, atenciosos e protetores. O relacionamento de Auggie com a irmã Via, era de bastante parceria. Até a Daisy, cachorrinha adotada pela família, era extremamente mimada e amada. Enfrentavam a fatalidade da síndrome do filho em perfeita união.
É engraçado que exista a palavra superprotetores para descrever alguns pais, mas nenhuma para se referir ao oposto. Que palavra se usa para pais que não protegem os filhos o suficiente? Subprotetores? Negligentes? Egoístas? Péssimos? Todas as anteriores. (Justin – namorado da Via)
Auggie carregava o fardo de ser diferente do que a sociedade encarava como padrão de normal ou bonito. Inteligente, esperto, criativo… se não fosse pela sua aparência, passaria por um menino normal. Por um bom tempo usou um capacete para sair na rua. O único dia que ele realmente gostava era o Halloween, quando podia usar máscara, brincar sem assustar ninguém e passar despercebido.
Quando seus pais comentaram sobre a escola, a primeira reação foi o desespero. Com jeitinho conseguiram convencê-lo que seria bom para ele, que ser superprotegido 100% não era saudável, até para alguém como ele.
A questão é que todos temos que lidar com os dias ruins. (Via)
Depois de convencido que a escola teria um papel importante, Auggie passa a sofrer com a adaptação e preconceito. Não bastava ele estar pronto para encarar o mundo, pois o mundo parecia que nunca estaria pronto para recebê-lo.
Percebeu com Julian, que não há status que ajude quando falta caráter, mas contou com a ajuda de Jack e Summer, descobrindo o valor da amizade.
Sempre haverá idiotas no mundo, Auggie – falou, olhando pra mim. – Mas seu pai e eu acreditamos, de verdade, que há mais pessoas boas que más na Terra, e que as pessoas boas olham umas pelas outras, cuidam umas das outras. (Isabel)
As aulas estavam apenas começando e o que aguardava Auggie, serviu de aprendizado para todos que estavam com ele.
O livro relata a dificuldade de inclusão social de um jovenzinho com deformidade facial. Desde de a própria aceitação, as lutas familiares, preconceito, julgamento da sociedade. O quanto a influência dos pais pode garantir no caráter dos filhos. O que é diferente pode ser chocante em um primeiro momento, mas vale o ensinamento de que por trás das diferenças, dentro de cada um, há um coração e sentimentos, que devem ser respeitados. Recomendo a leitura, pois a diferença física, seria o suficiente para tornar Auggie alguém especial, mas a sua forma de lidar com as situação, foi o que fez dele extraordinário.
A melhor medida é o que vocês fizeram com o seu tempo, como escolheram passar os dias e quem cativaram. Para mim, essa é a melhor medida do sucesso. (Sr. Buzanfa)