Guia para assassinos sobre amor e traição

Editora: Plataforma 21

Páginas: 416

Ano: 2019

Sinopse:

Na Inglaterra do século XVII, praticar a fé católica era um pecado mortal. E, por essa razão, Sir Richard Arundell foi considerado traidor e assassinado a mando da rainha Elizabeth I. Por isso, Lady Katherine ‒ a filha do acusado ‒ precisou fugir da Cornualha. Sem família e com os bens confiscados, ela foi para Londres à procura dos antigos aliados de seu pai... e de vingança. Assim, a jovem se vê envolvida em um plano para assassinar a rainha. Mas, para que a artimanha funcione, Katherine precisa virar Kit Alban e fazer com que todos acreditem que ela é um garoto. E, o mais importante, deverá entrar para o elenco da peça Noite de reis. Dirigida pelo famoso William Shakespeare, a peça estreará exclusivamente para Sua Majestade, a rainha. O que Kit não sabe é que a montagem não passa de uma armadilha articulada por Toby Ellis, um jovem e astuto espião que trabalha para a Coroa, com a intenção de prender conspiradores. Kit e Toby irão dividir não apenas o palco, mas também uma atração inexplicável um pelo outro. No entanto, essa relação poderá pôr em risco seus disfarces. Quando os verdadeiros papéis que interpretam forem revelados, eles saberão manter-se fiéis aos próprios planos ou o amor falará mais alto?

O que estou prestes a lhe contar sobre eles, se vazasse, significaria sua vida, significaria a minha. Preciso que saiba disso antes de concordar em ouvir. (Pág. 54)

Em uma época em que a Rainha da Inglaterra ordenou ser a única adorada, Katherine viu o pai ser encurralado e assassinado na própria casa, por praticarem a religião católica e abrigarem padres. Conseguiu se esconder enquanto os capangas da Rainha estavam ocupados com o corpo do pai e fugiu em seguida, sem ter tempo para luto ou enterro.

No caminho ela encontrou Jory, um rapaz que estudava para ser padre e que vivia com eles. Juntos decidem ir ao encontro de possíveis parceiros do pai da protagonista.

Sem recursos ou família, Katherine decide se tornar parte de um plano onde ela irá assassinar a Rainha durante uma peça de teatro que será apresentada na própria casa real. Mas o que ela não sabe, é que tudo não passa de uma armação de Tobias, funcionário da parte da segurança da corte que após ter interceptado uma carta sobre a elaboração de um possível plano para matar a Rainha, criou a ideia dessa peça, acreditando que por colocar os atores tão próximos da Rainha, poderia surgir suspeitos na própria seleção do elenco.

…a única coisa mais forte que um exército de homens é uma ideia cuja hora chegou. (Pág. 153)

Mesmo disfarçada de menino, Kit se torna uma das principais suspeitas do habilidoso Toby que, começa a ter dificuldade de encontrar respostas já que tudo na vida de quem ele acha ser um rapaz não possui confirmações para ser real. Isso o instiga durante a investigação e a aproximação que ele força para compreender o suspeito faz com que nasça uma atração entre eles, o que não coloca em jogo apenas seus planos originais, como o futuro e a vida deles.

…não há nada mais enganoso do que o óbvio. (Pág. 75)

Narrado em primeira pessoa, alternando os capítulos entre Kit e Toby, temos uma visão de ambos os planos, o que torna a leitura mais emocionante quando o destino dos dois finalmente se cruza. O cenário histórico, tendo Willian Shakespeare como personagem secundário foi divertido e encantador.

Amei a escrita, principalmente durante as partes de romance. Mais um enredo que faz o amor não ter sexo, mas simplesmente nascer pela atração, já que quando tudo começa entre o casal, Katherine era Kit, um dos rapazes do elenco da peça para Toby.

Foi literalmente uma viagem, como é a proposta do clube de assinaturas Turista Literário que me enviou o livro e os brindes.

Estou ansiosa pela próxima viagem.

Publicado em: 04/11/2019

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