O duque e eu

Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 496

Ano: 2020

Sinopse:

Os Bridgertons são oito irmãos que brigam como cães e gatos, brincam como melhores amigos e, acima de tudo, se amam incondicionalmente. O duque e euconta a história da quarta deles, a adorável Daphne, e inaugura uma das séries mais bem-sucedidas de Julia Quinn, que já teve mais de 1 milhão de livros vendidos no Brasil. Esta edição, comemorativa dos 20 anos de lançamento, é uma singela homenagem aos livros em capa dura e formato pequeno, tão comuns no início do século XIX, quando se passa esta história apaixonante.

Simon pensou em ser sincero, em contar todos os motivos pelos quais jurara jamais se casar e perpetuar sua linhagem. Mas eles não entenderiam. Não os Bridgertons, para quem a família era algo bom e verdadeiro. Não sabiam nada a respeito de palavras cruéis e sonhos destruídos. Não conheciam a rejeição.

Daphne é a quarta irmã da família, mas a primeira mulher, conviver com três irmãos mais velhos a fez compreender um pouco sobre como os homens pensavam e como deveria agir com eles. Mas isso a tornou alguém legal demais, que se tornava uma grande amiga de qualquer pretendente. Apenas um homem a via como esposa e a ideia de casar com ele não a agradava. Sonhava que pudesse ter um relacionamento por amor, como o dos pais.

Em um dos bailes da cidade, o rapaz insistente perseguiu Daphne até que conseguisse um momento a sós com ela. Quando achou que ele passava dos limites, deu um soco que o fez cair no chão.

Simon estava chegando no mesmo baile no momento que ouviu um pouco da conversa de Daphne e observando que parecia uma moça precisando de ajuda, os encontrou a tempo de ver o outro sendo agredido. Acabou se vendo no meio da confusão e embora ela estivesse longe de ser uma donzela indefesa, precisava ajudá-la a acudir o rapaz.

Esse encontro confuso e atrapalhado foi o começo da história de Daphne e Simon.

Ele havia estudado e conhecia muito bem, Anthony, irmão mais velho dela, eram grandes amigos que compartilhavam a fama de libertinos.

As pessoas da época, pelo menos da alta sociedade que o livro nos apresenta, tinham como objetivo o casamento. Mesmo com a fama, Simon era um duque, o que o tornava alvo das moças e das mães dessas moças, mas nada o deixava mais desconfortável.

Como a maioria dos rapazes, Simon viu que Daphne era diferente e não demorou para que nascesse um tipo de amizade entre eles. É quando ele tem a ideia de fingirem estar interessados um no outro para que as moças – e mães – o deixassem em paz e Daphne se tornasse mais interessante, já que o duque se encantara por ela.

O plano deu certo mas, como era de se esperar, os dois se apaixonaram. O que seria ótimo se Simon não estivesse decidido a nunca se casar ou ter filhos.

Me recomendaram muito essa série, mas não sou fã de romances de época, demorei para criar interesse. Tenho o hábito de baixar amostras de e-book na Amazon para ter uma ideia do conteúdo e foi o que eu fiz com esse livro. Tive a surpresa de encontrar nos créditos a seguinte mensagem:

NOTA DA AUTORA: Parte dos direitos autorais pelas vendas deste livro será doada à National Multiple Sclerosis Society, associação americana sem fins lucrativos que promove pesquisas e programas na área da esclerose múltipla, além de oferecer apoio às pessoas portadoras da doença. Força, Elizabeth!

Foi golpe baixo. 😆

Acabei comprando essa edição especial, que está linda e li assim que foi possível. Meu único arrependimento foi não ter lido antes.

Gosto de dizer que quando o autor escreve bem, não importa o gênero, me cativa. E Julia é uma dessas autoras. Fui envolvida pela evolução da história, carregada de humor, romance fofo e muito aprendizado.

A construção do personagem Simon foi excelente. Pelos comentários que li sobre o livro, pensei que não fosse gostar dele, mas acompanhando sua trajetória, acabei foi me identificando. Crianças que crescem em lares desfuncionais são sobreviventes. Superar, acreditar que merecem um enredo saudável e feliz, é tão desafiador que chega a parecer impossível.

Sofri durante a leitura, mas ao final, senti um aconchego com paz, a certeza que Deus olha por todos e sempre terá algo melhor para aqueles que aceitam que o passado não nos acompanha para sempre. Deixar para trás é a forma mais saudável seguir em frente.

Publicado em: 01/04/2023

2 Comentários

  1. Thiandra Pasini05 abr, 2023Responder
    • Marina Mafra16 abr, 2023Responder

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