Sinopse:
Peter e Pax, raposa e menino, inseparáveis. Mas a guerra se aproxima, e guerras nem sempre respeitam os laços de amizade e amor. Em uma perigosa jornada para resgatar a sua raposa, Peter terá que domar sua natureza feroz, enquanto Pax descobre a liberdade e os perigos do mundo selvagem.
Resenha:
Não fui eu que quis essa guerra. Não fui eu que fiz meu pai se alistar. Não escolhi ir embora de casa, não escolhi ir morar com o meu avô. E é claro que não escolhi abandonar o bichinho que ficou cinco anos comigo.
A guerra traz muitas perdas e obriga que decisões sejam tomadas. Peter precisaria ficar na casa do seu avô enquanto o pai estivesse na guerra. Não haveria como levar Pax, o que não ajudava Peter a se simpatizar com o avô.
Pax era a sua raposa de estimação, eram inseparáveis desde que o encontrou ainda filhote. O relacionamento dos dois ia muito além de amizade, eles pertenciam um ao outro.
A decisão não cabia a Peter, então, junto com o pai, ele levou Pax para um terreno distante, longe da guerra, onde ele teria que se virar, mas sobreviveria. A tristeza de Peter era evidente, embora Pax não entendesse, sabia que algo estava errado.
Peter jogou o soldadinho como sempre fazia para Pax buscar, mas quando ele voltou, não havia sinal do seu menino por perto.
Pax esperou Peter o máximo que conseguiu, mas as circunstâncias e os novos amigos o levaram a caminhar, caçar, sobreviver. Ele sempre procuraria pelo seu menino, mas precisava prosseguir.
Peter se arrependeu na primeira noite, não conseguia dormir. Sentiu que havia traído a confiança do amigo e então tomou a decisão de partir em busca dele. Pegou tudo que julgou necessário e partiu enquanto o avô dormia.
Assim que saiu, percebeu que não seria uma missão fácil. Sua inexperiência ainda o fez se machucar, mas não seria um pé quebrado que o impediria de encontrar Pax.
Contou com a ajuda de Vola, uma ex soldada da guerra, bastante estranha e solitária. Prometeu ajudá-lo a se preparar, para aguentar o restante da missão.
Quando ele descobriu que o terreno que havia deixado Pax era perigoso por causa da guerra, o desespero aumentou e ainda surgiram dúvidas, se ele encontrasse o amigo, será que ele ainda seria o mesmo? Ou a vida selvagem o teria mudado? Ele se lembraria de ter sido abandonado? Perdoaria Peter?
Nessa história encantadora de amizade e persistência, me vi angustiada na missão de Peter e como se não bastasse tamanha fofura que já foi a história toda, o final conseguiu se superar e ser melhor do que eu teria imaginado.
O livro é narrado por Peter e Pax, separando as narrativas por capítulos. A diferença explícita de estar na mente do menino e depois do animal. Extremamente envolvente. É impossível não se apaixonar. Para mim, foi uma das melhores publicações da Editora Intrínseca. E a pesar de parecer infantil, aprender sobre amor e lealdade não tem idade. Recomendo demais!