Sinopse:
Autora de P.S. Eu te amo, que foi adaptado para o cinema, Cecelia Ahern constrói, mais uma vez, uma trama cheia de momentos surpreendentes. Elizabeth Egan não tem tempo para amigos e muito menos para a imaginação fértil do sobrinho Luke que, aos seis anos, acaba de conhecer Ivan, um amigo imaginário. Ao notar que Elizabeth às vezes pode ouvi-lo e sentir que está por perto, Ivan resolve conhecê-la melhor e, a partir daí, começa a aparecer frequentemente em sua vida, levando-a a sair de seu ritmo normal e retilíneo. Uma deliciosa comédia romântica com a marca da jovem e bem-sucedida autora irlandesa.
Resenha:
…não importa onde esteja, a gente sempre precisa de um amigo.
Elizabeth era focada no trabalho de decoradora, extremamente organizada, possuía um controle excessivo sobre tudo na sua vida.
Num mundo onde a maioria das coisas era uma bagunça, ter um lar tranquilo era crucial para sua sanidade.
Quando pequena, Elizabeth viu a mãe, Gráinne abandonar a casa, o pai Brendan, ela e a irmã Saoirse ainda bebê. Precisou amadurecer, mesmo que ainda criança. Passou a cuidar dela e de todos. Conforme foi crescendo, em meio as dificuldades, veio a certeza de que sua mãe não voltaria, os sonhos e a esperança foram substituídos por uma frieza racional que tomou conta de todas as áreas da vida de Elizabeth.
…existem algumas pessoas no mundo que não abraçam o tempo inteiro nem brincam, mas mesmo assim o amam. Elas só não sabem como dizer isso.
Seu pai foi muito afetado pelo abandono da mãe, não soube dar afeto para as filhas. Saoirse se tornou problemática, sempre bebendo e se metendo em confusões que Elizabeth tinha que resolver. Luke foi um dos frutos da falta de responsabilidade da irmã, abandonado aos seus cuidados. O menino era um doce. Parecia levar muito bem a vida com a tia, mesmo ela sendo controladora, mandona e nada afetiva.
Até que Luke fez um amigo, Ivan.
…não sou um super-herói; meu poder especial é a amizade. Ouço e presto atenção ao que dizem. Percebo seus tons de voz, as palavras que usam para expressar-se e, mais importante, ouço o que não dizem.
Ivan levava muito a sério o seu trabalho como amigo. Ele não gostava de levar o título de imaginário, pois ele existia, ainda que por um tempo determinado na vida dos amigos que fazia. Seu trabalho era ajudar e assim que percebesse que a ajuda foi dada, seguia em busca de novos amigos. Mas com Luke foi bem diferente.
Não havia absolutamente nada de imaginário nele. Apenas não conseguiam vê-lo.
Luke parecia não precisar da sua ajuda, embora se divertissem bastante juntos. O que chamou a sua atenção, foi que a tia de Luke parecia ouvi-lo, algo que nunca havia acontecido com ele. Ao se aproximar, ele percebeu que Luke foi na verdade uma ponte para chegar em Elizabeth. Ela sim parecia precisar muito de ajuda.
Cada lágrima era um pedido de ajuda jamais atendido…
…Elizabeth aprendeu que imaginação e fantasia só serviam para partir seu coração.
Ivan se manteve por perto, a vendo cada dia mais angustiada com a vida, até que um dia ela conseguiu vê-lo, mas não faz ideia de que ele era o amigo imaginário que vinha brincando com Luke.
…as crianças sempre sabem o que está acontecendo, por vezes mesmo antes de nós.
Conforme eles foram se aproximando, foi ficando mais difícil contar a verdade para ela. Ele não sabia qual seria a reação dela e percebeu que não queria perdê-la. Ambos estavam se ajudando e de forma muito natural, acabaram se apaixonando.
Pela primeira vez, não tive a sensação de estar vivendo em um mundo diferente do de todos os demais; na realidade, havia alguém, alguém de quem eu gostava e a quem respeitava, que possuía um pedaço do meu coração, que se sentia do mesmo jeito que eu.
Além do trabalho de ajudar Elizabeth com as questões da sua vida, devolvendo a esperança e o brilho que há tempos ela havia perdido, Ivan precisará arrumar uma forma de unir os dois mundos deles, para que eles possam ficar juntos, enquanto ela ainda podia enxergá-lo.
Acho que esperei por você a vida inteira.
Mas essa é a questão que envolve as lições: sempre as aprendemos quando não as esperamos ou não as queremos.
Esse livro é uma explosão de fofura, a prova que um pouco de faz de conta não faz mal a ninguém. A autora me fez mais do que acreditar, me fez desejar um amigo como Ivan, por mais maluca que isso me tornasse. A parte dramática da história, traz dramas familiares, situações que não tive como não me identificar e refletir sobre o quanto essas situações me tornaram fria diante da vida. A leitura me deixou a mensagem de que não importa o quanto sofremos, cabe a nós continuarmos, cabe a nós sorrir e nunca, jamais… deixar de acreditar! A esperança não nos torna vulneráveis, mas nos mantém humanos.
Essa foi uma leitura em dupla com a Sam, a linda do ig @escrituras_da_alma. Como você disse, obrigada por ter acreditado comigo. Fez muita diferença poder dividir contigo cada capítulo. Sem dúvidas será uma história e aprendizado que guardaremos para sempre, como essa amizade que nasceu em nossos corações. ♡
Veja o que ela achou do livro na resenha no blog dela: Blog Escrituras da Alma
Nem preciso dizer que super recomendamos a leitura!
