Sinopse:
Da mesma autora de outros jeitos de usar a boca, best-seller com mais de 100 mil exemplares vendidos no Brasil. o que o sol faz com as flores é uma coletânea de poemas arrebatadores sobre crescimento e cura. ancestralidade e honrar as raízes. expatriação e o amadurecimento até encontrar um lar dentro de você. organizado em cinco capítulos e ilustrado por Rupi Kaur, o livro percorre uma extraordinária jornada dividida em murchar, cair, enraizar, crescer, florescer. uma celebração do amor em todas as suas formas. essa é a receita da vida minha mãe disse me abraçando enquanto eu chorava pense nas flores que você planta a cada ano no jardim elas nos ensinam que as pessoas também murcham caem criam raiz crescem para florescer no final'
Olha eu aqui de novo, tentando juntar palavras que consigam expressar, ou pelo menos chegar próximo ao turbilhão de sentimentos que é ler as palavras da maravilhosa Rupi Kaur.
Esse livro segue a mesma linha do primeiro. A diferença é que esse é dividido em cinco partes, diferente do primeiro que são em quatro.
Essas partes são relacionadas ao processo de vida e morte de uma flor, e cada uma vai te tocar de uma maneira diferente.
Senti que esse segundo livro é ainda mais pessoal do que o primeiro. Rupi expõe de maneira dolorosa algumas das muitas cicatrizes que carrega em sua alma.
sim
é possível odiar e amar alguém
ao mesmo tempo
é o que faço comigo mesma
todo dia (pág 101)
Rupi, grita dor de uma maneira que vai muito além do que eu consiga explicar. A cada poema, frase, a cada linha que lia sentia meu peito se rasgar em uma dor que nem era minha.
Meu desejo era de correr ao seu encontro, abraçá-la, e dizer “Obrigada por sua existência, obrigada pela sua resistência!”.
não esquece de contar que eu
era o lugar mais quente do mundo
e você me deixou fria (pág 75)
O Que O Sol Faz Com As Flores não é apenas um livro de poemas, é o ato de resistência de uma mulher. É a história de uma indiana que teve suas folhas arrancadas antes mesmo de saber florescer, é o grito de uma filha da terra que se recusou não criar raízes. E o mais importante é a representatividade para muitas.
o universo não economizou em você
te esculpiu e ofertou ao mundo
algo diferente de todas as pessoas
quando você duvida
de como foi criado
você duvida de uma energia maior do que nós dois
– insubstituível (pág 197)
Rupi, nos mostra que um livro só foi pouco para nos arrasar.
Se no primeiro senti meu coração quebrar em inúmeros pedaços, nesse ela triturou os pedaços até virarem pó. Jogou as cinzas do meu miocárdio no chão e fez adubo com minhas tristezas.
Ao final do último poema, percebi que havia virado flor.
Nunca li nada parecido com a escrita dessa mulher, e a única coisa que peço é que leia pelo menos algum poema. Passar por essa vida sem ao menos ser tocado e curado pelas palavras da Rupi deve ser muito triste.
E você, já leu?