Sinopse:
Escritos Aleatórios colhe pequenos excertos do dia a dia para falar de sutilezas que permeiam o cotidiano e costumam passar despercebidas. Os textos breves guardam momentos ordinários sob um prisma delicado, que revelam um olhar poético sobre o que, para muitos, seria apenas banal. A autora torna memorável a despretensiosa passagem dos dias e nos relembra de que, ao final, é disto que é feita a vida.
Aprendi a amar a poesia. A beleza das palavras com significados subliminares, que impacta nossos corações nos trazendo uma identificação nos detalhes.
Rosa é uma poetisa encantadora. Criou textos sobre rotinas, realidades, dando uma beleza delicada para situações que vivemos e que pela correria da vida, passam despercebidas.
Mas não para a autora. Ela traz observações sobre a vida, que me fizeram enxergar o mundo ao redor de uma forma mais bonita e bastante poética.
O livro é dividido em quatro partes.
I – O amor é uma coisa simples: aborda os mais diversos tipos de relacionamentos e pequenos detalhes da rotina a dois. A importância do amor em cada momento e a beleza dele em cada gesto.
Se eu contasse todas as verdades, você ainda ficaria comigo? Você ainda amaria esse corpo desnudo, sem roupa nem máscaras? Se eu te convidasse para entrar, você não teria medo do escuro? Você suportaria atravessar a transparência da minha carne e encontrar gavetas reviradas e covardias espalhadas? Se eu confessasse minhas segundas intenções debaixo da minha aparente delicadeza, você não as estrangularia? E meus anseios de justiça, minha angústia diante da incerteza, você não tentaria esterilizá-los? Se eu dissesse que tive grandes sonhos de mudar o mundo e hoje tudo é insônia, você ficaria acordado comigo?
II – A vida é miudeza: aborda textos sobre a beleza, realidade e dureza da vida. Nos lembrando o quanto ela é um bem precioso, mas frágil e que deve ser vivida intensamente.
… Há dias regidos pela plenitude, pelo excesso de tudo que é bom e belo. O sentido da vida em si mesmo flui próspero como se não houvesse fim. E há dias em que o peso da realidade nos arrasta tão próximos ao chão que a alma fica espalhada no asfalto escorrendo entre as frestas da existência.
III – Desisti de encaixotar minhas vulnerabilidades: aborda toda a essência da personalidade e como ela é afetada por tudo ao redor.
A lógica do mundo ameaça sufocar a poesia dos dias, mas eu a proíbo. Meu respirar, ainda que involuntário, é minha resistência pacífica.
IV – A escrita é uma troca justa: traz o que há na mente de um poeta. Seja normal ou insano. Nos mostra o coração da poesia e nos faz acreditar que ela pode acontecer para qualquer um que se permitir ser.
Vivo esse momento sem pressa, observando as palavras que dançam na minha frente sem forçar que formem um texto coerente.
Recomendo a leitura de maneira geral, são palavras que precisam ser lidas e sentidas.
Agradeço a oportunidade e confiança, Rosa! Foi uma leitura maravilhosa!
Acompanhem o trabalho da autora: