Sinopse:
Uma história policial que parece saída de noticiários do mundo inteiro, com múltiplos assassinatos, tráfico de drogas, prostitutas escravizadas e contrabando. No livro, um homem ferido, acusado de assassinar sete pessoas, se esconde no quintal da jovem viúva de um policial, tomando a mulher e sua filha de quatro anos como reféns enquanto tenta escapar de seus perseguidores pelas estradas e rios da Lousiana, nos Estados Unidos. Afirmando-se inocente, ele busca respostas para crimes cometidos por uma rede bem organizada, cujos integrantes estão camuflados em papeis sociais distintos. Enquanto a trama se desenrola, Sandra Brown não esquece dos dramas paralelos da vida de cada personagem. Um matador contratado pelo Contador, o codinome do chefe da rede criminosa, hesita em eliminar uma testemunha – uma adolescente prostituída por quem se apaixona. Um dos policiais federais e sua mulher se dedicam incansavelmente a cuidar do filho com paralisia cerebral desde o nascimento, que levou a mãe a deixar de lado a carreira profissional e impediu o casal de realizar os sonhos de conhecer o mundo e ter uma vida sofisticada. A melhor amiga da jovem viúva é uma mulher que cresceu nos negócios ao casar-se com homens mais velhos bem-sucedidos. As críticas ao comportamento de todos surgem nos comentários de cada participante desta trama, cujo senso de realismo serve como base para o leitor se enredar em desvendar cada mistério.
Que eu amo um bom suspense, isso vocês já sabem. Aquelas tramas rodeadas de mistérios que prendem o leitor da primeira a ultima página, construindo uma teia de enigmas com o único objetivo de chegar a uma só conclusão: a verdade por trás do mistério.
O que me atraiu de imediato neste livro, foi o sobrenome da autora, o “Brown” me lembrou imediatamente de Dan Brown, um dos meus autores preferidos. Por mais que esse seja um sobrenome comum no estrangeiro, a mera menção em associá-lo a alguém que eu admiro demais, me fez sentir vontade de conhecer a escrita da Sandra. E Brown seja louvado, essa foi à melhor decisão que tomei.
“O tempo passa, e as lembranças, não importa quão caras nos sejam, vão se obscurecendo gradativamente.”
Logo na primeira página, a primeira frase já me acertou em cheio e despertou minha curiosidade. Creio que um bom livro de suspense deva começar dessa forma, correto? Conforme o desenrolar da história, eu me sentia cada vez mais apreensiva e curiosa sobre o rumo em que Letal me levaria.
Uma das coisas que amo em uma narrativa, é quando o autor nos apresenta um núcleo de personagens secundários com suas histórias, dramas e acontecimentos próprios, não focando apenas no núcleo principal. Sandra fez isso magicamente bem, apresentando personagens avulsos ao longo da trama, mas que se conectavam a história como um todo.
“- Esse não é o meu carro.
– Eu joguei o seu numa vala.
– Onde?
– A uns poucos quilômetros da sua casa, onde peguei este aqui.
– É roubado?
– Não, eu bati na porta e perguntei se podia tomar o carro emprestado.”
Criei mil teorias e apontei diversos culpados? Mas é claro que sim meus caros, se não fizesse isso não seria eu haha. E mais uma vez digo que fui surpreendida com um desfecho emocionante ao chegar a verdade dos fatos.
Infelizmente não posso me ater em elogiar ou desmerecer nenhum personagem sem acabar soltando algum spoiler involuntário. Mas afirmo que amei esse livro, amei a condução da história, todos os plot twists (que são vários), amei o desfecho e amei saber os boatos de que esse é o primeiro de uma série. Digamos que preciso ter mais de certos personagens.