Sinopse:
Ecos, da premiada escritora norte-americana Pam Muñoz Ryan, é uma fábula como há muito não se via – ou se ouvia. Um conto de fadas dark, que resgata o melhor da tradição dos irmãos Grimm, combinado com delicados momentos do século XX, como as duas grandes guerras e a Depressão econômica que assolou os Estados Unidos nos anos 1930. O resultado é uma fantasia histórica repleta de perigos e beleza, emoldurada pelo poder da música. A aventura começa cinquenta anos antes da Primeira Guerra Mundial — “a guerra para acabar com todas as guerras” —, quando o pequeno Otto se perde na Floresta Negra e encontra as três irmãs encantadas, prisioneiras de uma velha bruxa, que conhecia apenas das páginas de um livro, e acreditava ser apenas uma lenda. Como em um passe de mágica, as irmãs ajudam o garoto a encontrar o caminho de casa. E Otto promete libertá-las, levando o espírito das três dentro de uma inusitada gaita de boca. Ao longo dos anos, o instrumento chega à mão de novos donos: um menino que vê o sonho de se tornar músico interrompido pela ascensão do nazismo; um jovem pianista prodígio que vive num orfanato e luta para não ser separado do irmão caçula; uma filha de imigrantes mexicanos que cuidam de uma casa de japoneses enviados a um campo de concentração dentro dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial. Personagens com dramas diferentes, mas um amor transformador pela música. Cada um à sua maneira, eles são afetados pela magia das três irmãs. Assim como os leitores do livro em todos os países em que ECOS foi lançado. Prepare-se para também ser arrebatado e enfeitiçado por essa fábula harmônica.
SEU DESTINO AINDA NÃO ESTÁ SELADO
ATÉ NA MAIS SOMBRIA NOITE
UMA ESTRELA BRILHARÁ, UM SINO SOARÁ,
UM CAMINHO SERÁ REVELADO.
Ecos fazia parte dos livros que comprei pela aparência e esqueci na estante. Mas esse ano resolvi que leria alguns desses “abandonados” e ainda estava intrigada pela nota dele ser tão alta no Skoob. Como raramente leio sinopses, não sabia o que esperar da história, só por ser da Editora Darkside achei que teria algo de terror ou horror. Acabou sendo uma surpresa deliciosa.
… não importa quanta tristeza exista nuna canção, vai sempre existir a mesma quantidade de ‘talvez as coisas melhorem em breve’. (Página 185)
Otto se perde na floresta, onde encontra três meninas que, misteriosamente, faziam parte da história do livro que ele estava lendo. As meninas o ajudam a encontrar o caminho E em troca ele promete ajudá-las a se livrar de uma terrível bruxa. De uma forma mágica, os espíritos das meninas passam a habitar a gaita que Otto carregava consigo.
Anos se passam e a mesma gaita aparece para mais três personagens, que têm suas histórias divididas em três contos diferentes. Os contos acabam de forma drástica e inesperada, deixando o leitor no escuro. Mas um quarto conto une todas as histórias, mostrando que a mágica da gaita guiou vidas para um destino encantador.
Os contos fazem a leitura ser rápida, a escrita ajuda por ser tão gostosa e a magia no enredo me prendeu na história. Mas confesso que apenas nas últimas páginas que compreendi o motivo de a nota do livro ser tão alta.
Não houve terror ou horror, em cenários marcados por guerras ou desgraças, a autora trouxe magia, me fazendo acreditar que sonhos podem se realizar se apenas acreditarmos e não desistirmos de viver lutar.
Recomendo muito.
…todas as pessoas que um dia soltasse aquele instrumento incomum estavam ligadas pelos laços sedosos do destino. (Página 361)
A música supera todas as distinções entre as pessoas. (Página 61)