A boa filha

Karin Slaughter

Editora: Harper Collins

Páginas: 464

Ano: 2018

Sinopse:

Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada mas está determinada a ser diferente dele. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido. A Boa Filha é mais uma obra-prima de Karin Slaughter, um enredo sólido, com caracterizações fortes e reviravoltas extraordinárias, um misto de drama e terror que faz arrepiar até os leitores mais corajosos.

Só comecei esse livro por ter sido escolhido para uma leitura em grupo que participei, vou agradecer pra sempre, pois amei.

Não há verdade em se culpar. A natureza tem seus próprios planos.

A narrativa é em terceira pessoa, por isso eu não vi razão para a autora voltar tantas vezes durante a história para a mesma cena e expor pontos de vista diferentes. No começo isso me incomodou tanto, que pensei em abandonar a leitura, mas que bom que insisti, pois em cada flashback, a autora trazia detalhes reveladores e quando notei, já havia acabado o livro.😱😄

Samantha e Charllote são filhas de um dos advogados de defesa mais odiados da pequena cidade. Defender criminosos era a vida dele, porém a vida das filhas e da esposa vivia em perigo.

Um ataque mal elaborado e que acabou sendo brutal, muda o destino da família para sempre.

Quase 30 anos depois, um novo caso une Charllote com seu pai novamente. A saúde do velho está frágil, mas ele ainda atua na área que causou a desgraça da sua família.

Samantha foi a única que saiu da cidade, mas acaba sendo obrigada a voltar para encarar o seu passado infernal, pois a irmã parece precisar dela.

Essa união forçada de família não traz apenas lembranças dolorosas, mas abre feridas e revela segredos que os farão contestar as suas atitudes de anos atrás.

É um suspense policial que aborda questões familiares. Talvez por isso tenha me envolvido tanto, pois vivi a história como se fosse comigo e a minha irmã. A autora não se prendeu apenas em nos chocar com uma história sangrenta, ela destruiu a minha alma com um enredo familiar, onde os personagens são tão humanos, “gente como a gente”, que envolve de uma forma impossível de não se identificar.

Não recomendo para quem tem estômago fraco, achei pesado, mas se aguentar ler até o final, é do tipo que te faz refletir sobre o que tem feito com as pessoas importantes da sua vida e desejar desesperadamente, recuperar o tempo perdido.

Quero ler tudo que essa autora escrever!

Publicado em: 11/06/2019

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