Sinopse:
Um olhar foi tudo o que bastou... Sou uma traidora. Uma mentirosa. Minha vida inteira é uma confusão. Eu amo um homem. Não, amo dois homens. Acho. Um faz amor comigo. O outro me faz explodir de desejo. Um é a minha rocha. O outro é a minha kriptonita. Estou destruída, perdida e com ódio de mim mesma. Mas não consigo parar. Está a minha história. Minha destruidora história de amor.
A leitura de Arsen foi uma montanha russa de sentimentos conflitantes. Me conquistou logo de início, eu adorei a história e isso me incomodou – pois me sentia culpada, como se estivesse compactuando com toda a história.
Cathy e Ben são um casal de dar inveja, estão juntos há 10 anos e completamente apaixonados. O casamento deles parece perfeito.
Apesar de tanta perfeição o que eles mais desejam não conseguem ter. Cathy já sofreu três abortos e o sonho de ter um filho parece cada vez mais remoto. A angústia vai tomando conta e ela se vê, pouco a pouco, mais distante de Ben, que mesmo com todos os obstáculos ama sua esposa incondicionalmente e faz de tudo para manter a chama do casamento acesa.
“Mas eu era jovem e apaixonada, eu sentia como se pudesse conquistar o mundo com o seu amor. Eu me sentia invencível. Se eu soubesse que era preciso muito mais do que amor para fazer um casamento dar certo, então talvez a nossa história teria sido diferente”. Página 191
E é justamente nesse momento de crise que Arsen surge na vida de Cathy e ele consegue desestabilizar por completo a mente confusa da protagonista.
“Amei a atenção que ele me deu e o jeito que me fez sentir. Viva.
Feliz. Ele me fez esquecer”. Página 176
Finalizei essa leitura já faz algum tempo, mas foi difícil escrever essa resenha e tudo que eu senti enquanto lia esse livro. Preciso começar elogiando a forma como a autora descreve as cenas, é brilhante e chega a beirar a perfeição. O livro possui diversas cenas sensuais, nas quais os sentimentos de desejo e culpa foram muito bem trabalhados.
A história é narrada em primeira pessoa, por Cathy e em poucos momentos por Ben e Arsen. Em alguns capítulos acompanhamos o início do relacionamento de Cathy e Ben e isso ajuda a entender o conflito no qual ela se encontra.
Esse é um triângulo amoroso, que bagunçou minha cabeça de várias formas. Parece fácil julgar Cathy e suas atitudes, mas consegui entender que todo o positivismo de Ben a incomodava, ele não parecia sofrer com a situação da mesma forma que ela. Às vezes só precisamos de alguém ao nosso lado, sem conselhos e frases do tipo “vai dar tudo certo”. Ninguém consegue ser forte e se manter confiante o tempo todo. Foi difícil acompanhar o declínio dessa relação, pois me envolvi e torci para que houvesse uma solução.
Me incomodou, em diversos momentos, a forma que Arsen foi retratado, como um menino sem muitas responsabilidades, mesmo ele sendo mais novo que Cathy algumas atitudes dele me irritaram.
Não gostei do Arsen, mas compreendi a ligação que Cathy sentia com ele, uma liberdade e facilidade de compartilhar seus anseios e angústias.
“Como algo tão errado pode parecer tão certo? Como se fosse predestinado”. Página 247
A escrita da autora é completamente envolvente e se você, assim como eu, gosta de histórias realistas, personagens imperfeitos, e não tem problema em ler sobre traição (em grande escala), precisa conhecer Arsen!
“Eu não me apaixonei.
Dei uma uma topada no amor e depois caí de bunda no chão”. Página 14