Sinopse:
Filho caçula do rei Uthrik, Yarvi nasceu com a mão deformada e sempre foi considerado fraco pela família. Num mundo em que as leis são ditadas por pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem. Mas o que falta a Yarvi em força física lhe sobra em inteligência. Por isso ele estuda para ser ministro e, pelo resto da vida, curar e aconselhar. Ou pelo menos era o que ele pensava. Certa noite, o jovem recebe a notícia de que o pai e o irmão mais velho foram assassinados e não lhe resta escolha a não ser assumir o trono. De uma hora para outra, ele precisa endurecer para vingar as duas mortes. E logo sua jornada o lança numa saga de crueldade e amargura, traição e cinismo, em que as decisões de Yarvi determinarão o destino do reino e de todo o povo. Joe Abercrombie nos apresenta um protagonista surpreendente, numa história de percalços e amadurecimento que abre a trilogia Mar Despedaçado.
“Posso até ser meio homem, mas sou capaz de fazer um juramente por inteiro.”
Meio Rei é o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado de Joe Abercrombie.
A história é sobre Yarvi, o filho mais jovem do Rei, cujo jamais pensou que sentaria ao trono já que, além de mais novo, ele possui deficiência em uma mão, o que fazia com que ele ganhasse o título de “meio homem”. Em uma ironia do destino, o Rei e o filho mais velho morrem em uma guerra, fazendo com que o reino passe para o poder das mãos de Yarvi.
“Um rei deve vencer. O resto é insignificante.”
UAU. Esse livro é o livro que eu indicaria à todos que pretendem ler alta fantasia um dia, aquelas histórias com estratégias de batalha, traição, e principalmente PERSONAGENS MARAVILHOSOS e bem desenvolvidos.
“O alimento do medo é a ignorância. A morte do medo é o conhecimento.”
Yarvi é um exemplo de superação, mesmo assustado e tímido com a nova fase de sua vida, ele decide cuidar daquilo que era de seu pai, honrando o seu povo e sendo um rei justo. O que lhe falta em força física, lhe sobra em inteligência. Por horas de leitura, ele me lembrou muito o Tyrion Lannister das Crônicas de Gelo e Fogo.
“O sábio espera por seu momento, mas nunca o deixa passar.”
Claro que nada é tão fácil, e a história apresenta personagens que pretendem matar Yarvi para que o reino possua outro rei. E nessa tentativa, nos deparamos com a narrativa eufórica de Joe Abercrombie, em uma fuga pelo alto mar, com ajudantes inesperados, o livro toma o seu rumo de forma fantástica, não deixando o leitor desgrudar hora alguma das páginas.
“Conversas só geram problemas. – Nada levantou a espada. – O aço é sempre a resposta… O aço não elogia nem faz acordos. O aço não mente.”
O final é de tirar o fôlego, deixando uma ponta imensa para a continuação. A escrita do autor é fácil e encantadora, um universo único para uma história incrível. Quem tem intenção em se aventurar nas páginas de livros de fantasia medieval mais longos, pode começar com Meio Rei, pois é curto e bem escrito, sendo uma grande introdução para os universos.
“Um bom rei sacrifica tudo para vencer e esfaqueia quem for preciso, como puder. O grande guerreiro é o que ainda respira quando os corvos se refestelam. Um grande rei é o que observa as carcaças dos inimigos queimarem. Que o Pai Paz derrame lágrimas com relação aos métodos. A Mãe Guerra sorri com os resultados.”
“Quando você tem um fardo, é melhor carregá-lo do que chorar.”
Logo mais, traremos a resenha da continuação.