Sinopse:
Para sobreviver no reino das fadas, Jude Duarte precisou aprender muitas lições. A mais importante delas veio de seu padrasto: o poder é bem mais fácil de adquirir do que de manter. Ela achou que, depois de enganar Cardan para que ele jurasse obedecê-la por um ano e um dia, sua vida se tornaria mais fácil. Mas ter qualquer influência sobre o grande rei de Elfhame parece uma tarefa impossível, principalmente quando ele faz de tudo em seu poder para humilhá-la e prejudicá-la, mesmo que seu fascínio pela garota humana permaneça intacto. Agora, com as ondas ameaçando engolir a terra e um alerta de traição iminente, Jude precisa lutar para salvar a própria vida e a daqueles que ama, além de lutar contra seus sentimentos conflituosos por cardan no meio-tempo. Em um mundo imortal, um ano e um dia não são nada.
“Poder é muito mais fácil de adquirir do que manter.”
Após os eventos de Príncipe Cruel, encontramos por fim Jude de novo, uma Jude mais poderosa e determinada, agora como guardiã real.
“Alguém em quem você confia já te traiu”
Geralmente continuações tendem a ser desastrosas em questão de roteiro, principalmente de trilogias, mas felizmente isso não acontece em Rei Perverso, o livro conta com cenas de ação e acontecimentos catastróficos do seu prólogo ao epílogo, tudo o que a autora não pode cumprir em Príncipe Cruel, ela nos presenteou aqui.
“Tudo é um jogo, Jude […] Você sabe disso. E agora é sua jogada.”
Gosto do fato do romance ser algo em segundo plano, Cardan é um rei cruel e tem atitudes desprezíveis, mas não deixa de ser um tremendo maravilhoso (perdão amigos, continuemos).
“Ela também gostava quando sentia raiva. A raiva era melhor do que o medo. Melhor do que lembrar que não passava de uma mortal entre monstros. Ninguém mais lhe oferecia a opção de rodinhas de bicicleta.”
O jogo político criado em torno do enredo nos faz ficar presos à narrativa, em um momento nos vemos desconfiados e sem saber em quem confiar, acredito que isso é um resquício do primeiro livro, que ficou muito mais forte aqui.
“[…] eu gosto dele melhor do que eu já gostei de alguém e de todas as coisas que ele já fez para mim, me fazendo gostar tanto dele é de longe o pior.”
A relação criada entre Jude e Cardan é fenomenal, tanto por ambos se gostarem e não serem compatíveis, tudo vai contra a relação deles. Pessoalmente, ambos almejam coisas diferentes, e isso faz com que os leitores apaixonados fiquem ainda mais sedentos para essa história acontecer.
“Apesar de ter crescido entre os féericos, eu nem sempre entendo o jeito como eles pensam nem o que sentem. Eles são mais parecidos com mortais do que acham, mas assim que eu me permito esquecer que não são humanos, eles fazem algo que me lembra.”
Jude, a personagem mais lendária de todas as atuais fantasias lançadas, incrível a evolução dela de um livro pro outro, confesso que achava ela extremamente maluca e impulsiva, mas tudo teve um propósito, entre tantos acasos, ela se tornou intocável, eu a amo, obrigada por tudo Holly Black.
“Sinto-me toda machucada, dolorida, cansada e mais mortal do que nunca.”
Por fim, tentei não dar spoiler para que não estrague a experiência de cada um. Mas quero comunicar que esse livro é maravilhoso, perfeito, e que aguardo ansiosamente pelo último volume.
“Você pode pegar uma coisa quando ninguém está olhando. Mas defendê-la, mesmo com todas as vantagens do seu lado, não é uma tarefa fácil. é muito mais fácil adquirir poder do que mantê-lo.”