A Torre do Amor (Contos de Fadas #4)

Eloisa James

Editora: Arqueiro

Páginas: 352

Ano: 2018

Sinopse:

Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão. Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser... Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora. Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?

Romance de época + releituras de contos de fadas = combinação esplêndida. Sim, de todas as combinações literárias que já li ao longo dos tempos, essa é uma das que mais me agrada. Eloisa possui uma facilidade incrível em levar magia e graça a suas histórias, mesmo no século XIX, criando personagens que cativam os leitores.

Apesar de ter custado a me sentir cativada por Edie e Gowan, em relação ao gênio de ambos e a dificuldade em se adequarem a vida de casados, ao longo das páginas, percebi a mudança sutil que ocorria nas concepções até então imutáveis de cada um.

“O tempo se perdia sozinho, na sua opinião. Passava depressa demais, e de repente a pessoa caía dura, morta, e tudo o que ela vivera simplesmente desaparecia.” (p. 12)

Casamento não é fácil, sabemos disso. As vezes precisamos abrir mão de algo em prol do bem maior. E o que seria esse bem maior na vida de Edie e Gowan? Talvez a capacidade de compreensão entre marido e mulher, poderem passar um tempo juntos como um casal livre, sem regras ou planejamentos.

Uma das coisas que eu mais amei nessa história, foi uma surpresa maravilhosa em reencontrar um casal querido de uma outra autora que eu amo. Achei brilhante isso e me senti bem nostálgica.

“Pensara nela como se fosse um gole de água pura. No entanto, naquele momento, encarando-a, ela era um rio turbulento, vívido e perigoso. Ela mudaria a vida dele. Ela o mudaria por inteiro.” (p. 69)

O núcleo de personagens secundários foi mais desenvolvido do que nos primeiros livros da série, e isso foi outro ponto positivo. Além do drama do casal principal, Eloisa conseguiu criar outras histórias que conciliaram com a trama principal. Apesar de Quando a Bela domou a Fera, o primeiro, ainda ser o meu preferido.

Gowan e Edie me fizeram querer esganá-los em grande parte do tempo. Ela por não ser honesta em falar tudo o que a incomoda, e ele por pensar em primeiro lugar sobre coisas que não deveriam ser colocadas em posições de suma importância.

“Estava aprendendo que certas coisas não deviam ser avaliadas enquanto eram vividas; deviam ser apenas sentidas.” (p. 128)

O final me emocionou, o epílogo me arrancou lagrimas. E pude perceber o quanto uma pessoa pode ser esforçar verdadeiramente para mudar não apenas por outra pessoa, mas principalmente por si mesmo. Recomendo essa releitura de Rapunzel.

“Ser casado com Edie era como ser lançado no mar revolto. Em um momento encontrava-se a uma distância incalculável dela e, no instante seguinte, estava a seu alcance. (p. 247)

Publicado em: 12/03/2019

01 Comentário

  1. Marina Mafra14 mar, 2019Responder

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