Sinopse:
O detetive Nap Dumas nunca mais foi o mesmo após o último ano do colégio, quando seu irmão Leo e a namorada, Diana, foram encontrados mortos nos trilhos da ferrovia. Além disso, Maura, o amor da vida de Nap, terminou com ele e desapareceu sem justificativa. Por quinze anos, o detetive procurou pela ex-namorada e buscou a verdadeira razão por trás da morte do irmão. Agora, parece que finalmente há uma pista. As digitais de Maura surgem no carro de um suposto assassino e Nap embarca em uma jornada por explicações, que apenas levam a mais perguntas: sobre a mulher que amava, os amigos de infância que pensava conhecer, a base militar próxima a sua antiga casa. Em meio às investigações, Nap percebe que as mortes de Leo e Diana são ainda mais sombrias e sinistras do que ele ousava imaginar.
“– Por que você não vai ao jogo da próxima quarta?
– Eu adoraria.
Tanto quanto adoraria ter um rim removido com uma colher de sobremesa.” (p. 18)
Lá vem a doida pelo Coben mais uma vez né? Sei que vocês sabem o quanto amo esse autor, o quanto amo um bom suspense, e que possuo a coleção completa dos livros dele publicados pela Editora Arqueiro. Mas o quanto vocês sabem sobre Até o Fim?
“Há quem diga que o dinheiro é a fonte de todos os males. Pode ser. Outros dizem que dinheiro não compra felicidade. Também pode ser. Mas se você sabe lidar com ele, o dinheiro compra liberdade e tempo, coisas bem mais tangíveis do que felicidade.” (p. 47)
O novo romance policial do Harlan Coben trouxe tudo o que eu amo em um bom suspense. Desde uma trama misteriosa, a personagens enigmáticos e segredos obscuros. Além de tudo isso, Até o Fim nos traz uma teoria da conspiração chocante sobre acontecimentos ocultos nos Estados Unidos da America.
“A vida continua, como deve ser, mas isso me parecia um absurdo. Quando temos uma ferida aberta, pelo menos temos alguma coisa. Quando a ferida se fecha, sobra o quê? A gente segue adiante, só que não era isso que eu queria.” (p. 52)
“Minha vontade é dizer algo para consolá-lo, mas sei que este é um daqueles momentos em que as palavras são como um apêndice: ou são inúteis ou trazem um enorme risco.” (p. 68)
Se me lembrei do Dan Brown? haha em todo o momento. Caso vocês não saibam, Coben e Brown são grandes amigos. A frase na parte de trás desse livro é justamente de Brown. E talvez esse fato tenha me feito amar ainda mais essa trama, embora o foco do livro não seja uma teoria conspiracionista.
“Os honestos não forçam nenhuma barra. Mas os mentirosos começam a embelezar a história, tentando provocar empatia. Falei “embelezar”, mas na verdade eles mentem descaradamente. Não conseguem se conter.” (p. 115)
Nap me lembrou muito o Win, da série Myron Bolitar, tanto pela sinceridade crua quanto pela fidelidade aos amigos. Um policial que não se prende ao distintivo para correr atrás daquilo que quer, custe o que custar. Ah, e digamos que um personagem muito querido das histórias do Coben, aparece por aqui um pouquinho.
“Nunca perdi o gosto pelas bibliotecas. Adoro o contraste entre a modernidade dos computadores e a velhice encardida dos livros.” (p. 121)
Fiquei chocada com o desenrolar dos fatos, quanto mais os mistérios se desdobravam, mais eu me questionava até onde tudo iria parar. Será que havia algo por trás das mortes há quinze anos atrás? Coben mais uma vez brincou comigo em um livro ao me surpreender com a verdade.
“Quando a gente tem a escolha de seguir pelo caminho A ou pelo caminho B, muitas vezes o melhor a fazer é ficar onde está até ter certeza de onde a gente está pisando.” (p. 135)
O (a) culpado (a) sempre esteve bem debaixo do meu nariz, e a trama foi tão bem conduzida que eu jamais teria desconfiado de nada. Recomendo demais esse livro e todos os outros desse meu amado autor.
“Assim são as pessoas. Ficam querendo saber dos detalhes não apenas porque têm uma curiosidade mórbida (por isso também, claro), mas sobretudo porque precisam ter certeza de que uma tragédia igual nunca vai se repetir com elas.” (p. 152)