Sinopse:
A obra-prima de Colleen Hoover, fenômeno editorial com mais de 2 milhões de exemplares vendidos no Brasil, agora em capa dura, com pintura lateral e conteúdo exclusivo. Nesta edição especial de colecionador, confira entrevista inédita com a autora e sua mãe, cuja história inspirou o livro, e fotos do acervo da família. A pré-venda, com tiragem limitada, acompanha três cards e um marcador de páginas. Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, se mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, obstinado, quem sabe até um pouco arrogante. Mas também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Mas quando Atlas, seu primeiro amor, reaparece de repente, Lily não consegue tirá-lo da cabeça , assim como a ligação com o passado que deixou para trás. E sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
Todo mundo erra. O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros cometidos. É como ela usa esses erros e os transforma em aprendizados, não em desculpas.
A quantidade de gente que me recomendou esse livro não caberia aqui, o importante é que eu cedi e ainda bem.
Minha corujinha Thiandra já resenhou esse aqui (leia a resenha), mas esse é o tipo de livro que não consigo segurar minha opinião. Primeiro por ter me sentido enganada, não havia lido antes pois pensei se tratar de uma personagem que sofria abuso do começo ao fim da história. Já li livros assim e embora tenham sido muito bem escritos, meu coração ficou desesperado, ainda mais sabendo o quanto o tema é real na vida de tantas mulheres. Mas não, meu queridos, esse livro não é assim e vou contar tudo que a história me transmitiu, nessa resenha.
Só porque não terminamos juntos na mesma onda não significa que não somos parte do mesmo oceano.
Lily cresceu vendo a mãe apanhar do pai sem nenhum motivo aparente, ou quando as coisas não saiam do jeito que ele gostaria, ou quando estava bêbado. Qualquer memória boa que pudesse ter entre pai e filha, era soterrada por tantas vezes que não pode fazer nada. Então ela vivia com medo. Sabia que se chateasse o pai, poderia sobrar para a mãe.
Paralelo com esse tema, a casa ao lado da deles fica vaga para alugar. Lily descobre que um dos alunos da sua escola – não da mesma sala – tem dormido nessa casa. O encontra todos os dias no ônibus escolar e as condições dele – sujo, cheirando mal – acabam mexendo com ela. Um dia, em um impulso de ousadia, a menina prepara uma mochila com mantimentos e deixa na porta da casa. Quando descobre que não tem água ou energia elétrica, em um impulso mais ousado ainda, oferece a sua casa para que ele pudesse tomar banho e doa algumas roupas do pai, para lavar as que ele tem usado. Os contatos viram rotina e surge uma das cumplicidades mais lindas que já li. O menino se chama Atlas.
Uma das coisas que mais amo nos livros da CoHo é como ela mistura conteúdos inusitados nas suas obras. Quando você abre um livro dela, não faz a menor ideia de para onde ela vai te levar.
Na narrativa acompanhamos a história de Lily após o falecimento do pai. Ela saiu de casa assim que possível e fugiu para Boston, cidade com um significado especial para ela e Atlas. Enquanto descobrimos onde ela trabalha, a colega com quem divide o apartamento e como ela conhece Ryle, com quem vai viver um romance, lemos cartas que ela escreveu para Ellen DeGeneres – uma comediante que tem o próprio programa –, de quem era grande fã. Mas as cartas nunca saíram da sua casa, jamais foram para o correio. Temos acessos a elas devido Lily as encontrar em algum momento da história e relê-las. Nas cartas – que escreveu ainda adolescente – ela fazia de Ellen um diário e desabafava tudo que vivia. Foi assim que me apaixonei por Atlas.
Acho que a maior cumplicidade entre Atlas e Lily foi o lar desgraçado que tinham, e isso mexe demais comigo. Me vi sentada com eles, dividindo – em silêncio – a ansiedade por crescer e finalmente ser dono da própria vida.
Ele cresceu sozinho — falei. — A maioria das plantas precisa de muito cuidado para sobreviver. Mas algumas coisas, como as árvores, são fortes o bastante para sobreviver dependendo somente de si mesmas e de mais ninguém.
É óbvio que eles se apaixonam – Obrigada, CoHo –, e nos derretem no processo.
Não sei como ele me acalmou sem dizer nada, mas foi o que aconteceu. A simples presença de algumas pessoas acalma, e com ele é assim. É o completo oposto de meu pai.
Mas as coisas não terminaram bem para os dois e restaram apenas as lembranças que as cartas registraram.
Quando penso nele. Quando leio sobre ele. É como se minhas emoções ainda estivessem conectadas a ele de alguma maneira, e não sei como me desprender.
Na atual realidade, Lily conhece Ryle e não posso negar que o maldito tem seu charme. Talvez nem todo agressor se apresente de forma agressiva ou a gente se engane ao fechar os olhos e enxergar apenas o que queremos.
Seres humanos não são perfeitos, e eu não posso deixar que meu único exemplo de casamento influencie meu próprio casamento.
O romance entre os dois é de arrancar suspiros. Apenas após mais de 60% da história temos acesso às primeiras agressões físicas e verbais.
Quando estamos de fora, é fácil acreditar que conseguiríamos ir embora num piscar de olhos se alguém nos tratasse mal. É fácil dizer que não continuaríamos amando quem nos trata mal se não somos nós que amamos a tal pessoa.
A história mostra que Ryle teve gatilhos, como o ciúmes. Imagino que cada caso seja único, então não sei dizer se não sentisse ciúmes, ele não seria violento. Toda aquela bagagem parecia já estar dentro dele, ligado à traumas que explicam seus sentimentos, mas jamais suas ações. Gostei da autora ter trazido o lado do agressor, um despertar para que eles saibam que precisam de ajuda e procurem isso.
Não paramos de amar uma pessoa só porque ela nos magoou. Não são suas ações que magoam mais. É o amor. Se não houvesse amor ligado à ação, a dor seria um pouco mais fácil de suportar.
É uma história muito bem escrita e como presente pelo sucesso, a autora escreveu uma continuação que a corujinha Thiandra também resenhou (leia a resenha). Em breve trago minhas observações também.
A leitura valeu muito a pena, mas não considerei uma história sobre abuso como me foi apresentada tantas vezes. É um triângulo amoroso muito fofo, em que o descontrole emocional e ciúme trouxeram a tona o que havia de pior em um deles. Você não pode continuar vivendo sem conhecer o Atlas essa história. 😆🥰
No futuro… se por algum milagre você achar que é capaz de se apaixonar de novo… se apaixone por mim. — Ele encosta os lábios em minha testa. — Você ainda é minha pessoa preferida, Lily. E sempre será.
Foi impossível selecionar poucos trechos diante do mundo que destaquei, mas prometo só mais esse para finalizar:
Ciclos existem porque é doloroso acabar com eles. Interromper um padrão familiar é algo que requer uma quantidade astronômica de sofrimento e de coragem. Às vezes, parece mais fácil simplesmente continuar nos mesmos círculos familiares em vez de enfrentar o medo de saltar e talvez não fazer uma boa aterrissagem.
Eu amo a sua escrita, Colleen Hoover!
Obs: Embora tenha amado essa edição especial – com todo respeito ao trabalho e motivos de quem trabalhou na elaboração dela – achei as folhas e a impressão com qualidade inferior aos demais livros que tenho da editora. Não é uma crítica negativa, apenas uma observação.