Sinopse:
Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor. Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.
Resenha:
…. meu anjo perdeu a batalha de novo, derrotado pela bebida, pela pessoa que sou quando bebo.
Rachel sempre gostou de beber, mas após descobrir que não conseguiria ter filhos, a bebida se tornou um vício, um escape. Tom, seu marido, não conseguiu levar o casamento. Começou a se encontrar secretamente com Anna. O caso deles ficou sério e quando Rachel descobriu, Tom a deixou para ficar com a amante.
Agora ela mora com uma antiga amiga, Cathy, mas ela não esta mais aguentando as trabalhadas da suas bebedeiras. Acabou perdendo o emprego por aparecer bêbada, fato que ela ainda não teve coragem de contar para a amiga. Então, ela levanta todos os dias e fica andando de trem para Cathy achar que ela foi para o trabalho. Ela observa tudo no trajeto e observar se torna sua maior distração.
…acabei me tornando uma pessoa triste, e a tristeza cansa depois de um tempo, tanto para quem está triste como para todo mundo em volta.
Os seus favoritos eram um casal, que morava em uma casa próxima da que ela morava com Tom e que hoje ele divide com Anna. Todos os dias o trem parava na frente da casa deles e Rachel os observava de lá.
Quem foi que disse que fazer o que manda o coração é uma coisa boa? É puro egocentrismo, um egoísmo de querer ter tudo.
Tom e Anna tiveram uma filha, chamada Evie, ainda bebê. Rachel não consegue se conformar com a felicidade deles. Os atormenta com ligações fora de hora, ronda a casa deles. Tudo isso assusta Anna, ela teme pela segurança de Evie e isso causa muitas brigas entre o casal. Tom tenta conversar com Rachel, ele parece se importar com ela, mas as bebedeiras a deixam fora de si e muito do que ela faz, não se recorda no dia seguinte.
Ela já tentou largar essa vida, até frequentou reuniões do AA. Mas não conseguiu manter o tratamento. A bebida cada vez mais levava tudo dela.
No trem, mais uma vez observando tudo e pensando na sua vida, Rachel passa pela casa do casal e vê a moça beijar um homem que não é o marido. Ela se sente tão envolvida por eles, como se de alguma forma fizesse parte da vida deles, que toma a traição para si. Como ela poderia ter traído o marido que aparentava ser tão bom pra ela? Como Tom teve coragem de fazer tudo que fez com ela? Dominada por esse sentimento, bebe o quanto pode e tudo fica confuso.
Ela acorda na sua cama, nua e extremamente machucada. Pra variar, não se lembra de nada. Andando pela casa, acha as suas roupas, sujas, com cheiro de urina… o que teria acontecido com ela? Sem dúvidas ela precisava dar um jeito na vida, a situação havia passado dos limites.
Com o passar dos dias ela descobre que o casal que vinha observando são Scott e Megan. Está em cada noticiário, Megan sumiu, na mesma noite da qual ela não se lembrava de nada.
Seria apenas uma trágica coincidência, se Rachel não começasse a ter lembranças daquela noite. As lembranças envolviam ela, Tom, Anna e tudo parecia estar ligado à Megan.
Não há nada mais doloroso e corrosivo que a desconfiança, a suspeita.
No desespero por descobrir a verdade, ela se envolve na história e acaba virando uma forte suspeita. Afinal como ela poderia exigir que a polícia confiasse em suas memórias? Nem ela confiava.
Sua vida corre grande perigo, mas não há quem possa ajudá-la. Ela precisa juntar as memórias e os fatos e tem certeza que quando conseguir, saberá o que aconteceu com Megan. Sem poder confiar em mais ninguém, pois todos parecem suspeitos e com a sua memória corrompida pelo álcool, Rachel só poderá confiar nos seus instintos.
Misterioso, envolvente… li o livro em dois dias. A história é contada por Rachel, Anna e Megan. Cada uma mostrando seu ponto de vista e nos trazendo fatos cada vez mais intensos para clarear a história. Mostrando a triste realidade dos alcoólatras e as consequências que o álcool pode trazer. Quem gosta de investigação policial, vai amar A Garota no Trem.