Sinopse:
Uma história emocionante sobre vida e morte, família e amizade, realidade e fantasia, e sobre o direito de ser diferente, narrado sob o ponto de vista de uma precoce menininha de 7 anos. No livro, o segundo do autor do best-seller internacional Um homem chamado Ove, adaptado para o cinema com Tom Hanks no papel principal, a protagonista é Elsa: dona de uma maturidade e inteligência acima da média, a pequena fã de Harry Potter adora corrigir a gramática de todos a sua volta. A única amiga de Elsa é a sua excêntrica avó de 77 anos, capaz de assaltar um jardim zoológico porque a neta está triste, fumar em lugares proibidos, andar nua na varanda e pregar valentes sustos nos seus vizinhos. Quando a avó morre e deixa uma série de cartas pedindo desculpas a todas as pessoas com quem já errou, tem início a maior aventura da vida de Elsa. Elsa não é uma criança como qualquer outra. Dona de uma maturidade e inteligência acima da média (graças as suas constantes pesquisas na Wikipedia), ela só lê o que chama de literatura de qualidade: quadrinhos, Harry Potter e os clássicos infantis. Todas as noites, Elsa se refugia nas histórias que sua avó lhe conta, cujo cenário é o reino de Miamas, na Terra-de-Quase-Despertos, um lugar mágico onde o normal é ser diferente. Quando a avó morre de repente, Elsa perde o chão e também a capacidade de habitar locais imaginários. De tão desolada, Elsa inicialmente não se entusiasma com a missão que a avó lhe deixou: distribuir cartas que funcionam como um caça ao tesouro. As missivas devem ser entregues às pessoas do prédio onde a menina mora. É assim que começa a aventura de Elsa e também a aventura do leitor. Vamos aos poucos desvendando as cartas juntamente com ela para descobrir a fascinante vida que sua avó viveu e o que se esconde por trás das vidas de cada um dos estranhíssimos moradores de uma comunidade muito especial. À medida que Elsa avança nesta incrível caçada, ela percebe que o reino de Miamas — onde acontecem os contos de fadas espantosos, monstruosos e mágicos da avozinha — se cruza com a vida real. Aos poucos, ela desvenda os segredos que se escondem no prédio onde mora e de que forma a trajetória da avó se cruzou com a daqueles moradores. Minha avó pede desculpas é uma história emocionante, uma ode à imaginação, à inteligência, à aventura e à amizade. Um verdadeiro conto de fadas contemporâneo, um livro que trata com sensibilidade e humor peculiares de temas difíceis como a perda e o luto, sem perder a esperança.
A vovó não era apenas uma pessoa peculiar, ela era a maior super-heroína, não apenas da vida da pequena Elsa, mas de todos os moradores da Terra-dos-quase-despertos.
“Porque toda criança de sete anos merece um super-herói. E quem não concorda com isso realmente não tem nada na cabeça.”
A pequena Elsa de 7, quase 8 anos, como sempre deixou claro, era uma menininha extremamente inteligente. A jarra de palavras fazia parte de seu dia a dia, acumulando cada vez mais novas palavras e conhecimento. A Wikipédia era sua maior fonte de novas informações, e os mais velhos, poxa, não conheciam esse site “superinteligente”! A série Harry Potter já havia sido lida, tipo, umas 10 vezes, e como a mesma dizia: em que mundo vive uma pessoa que não conhece Harry?
Mas, a vida de Elsa nem sempre fora diversão, o bullying que sofria na escola a deixava triste, afinal, qual o problema em ser diferente?
A diferença de Elsa? Simplesmente ser uma criança evoluída, uma mente brilhante, uma inteligência inimaginável!
“Uma avó é tanto uma espada quanto um escudo, e é um tipo absolutamente especial de amor que os metidos não compreendem.”
Elsa nasceu enquanto um tsunami matava milhares de pessoas, mas a vovó, aquela que lutou e salvou muitas vidas em guerras e tragédias, teve de deixar tudo para trás, pois o seu tesouro estava chegando ao mundo, e mais do que tudo, necessitava dar a Elsa o que faltou para a sua mamãe.
“A vovó diz que o fato de Elsa ter nascido nesse dia faz com que ela seja especial. Ser especial é a melhor maneira de ser diferente.”
Vovó e Elsa viveram grandes aventuras, a idosa de 77 anos, quase 78, e a criança de 7, quase 8 anos, tinham diferenças gritantes, enquanto um era um ser peculiar e não pensava nas consequências, a outra pensava pelas duas, mas, nunca, jamais, deixaria a vovó viver as aventuras perigosas sozinha.
Uma noite na cadeia, invadindo zoológicos, outras atirando nos vizinhos com a arma de paintball, mas o melhor de tudo eram as viagens à Terra-dos-quase-despertos. Era lá onde a magia acontecia, onde o mau nunca vencia, onde havia monstros, fadas e dragões!
“A avó de Elsa vivia num ritmo diferente das outras pessoas. Ela agia assim. No mundo real, em tudo que funcionava, ela era caos. Mas quando o mundo real desaba, enquanto tudo se torna caos, as pessoas como vovó podem, as vezes, ser as únicas que funcionam. Era esse o superpoder dela.”
Quando a vovó parte dessa vida e vai descansar em Miamas, um dos reinos da Terra-dos-quase-despertos, deixa uma missão para a pequena Elsa: proteger o castelo, fazer amigos e entregar todas as cartas com pedidos de desculpas, afinal, a vovó havia feito muita travessura na vida!
Meio a contragosto, pois estava chateada e triste com sua partida, Elsa começa a sua caça ao tesouro, rumo a todos os pedidos de desculpas, e com isso foi percebendo que o mundo da fantasia que a vovó inventava, talvez estivesse mais próximo do que ela imaginava.
“Temos que entregar esta carta, porque acho que vovó quer pedir desculpas para mais alguém. E acho que há mais cartas, e temos que entregar todas, porque acho que é a caça ao tesouro e a aventura.”
Já aconteceu com vocês de se apaixonarem por um personagem logo na primeira página? Foi justamente isso que aconteceu comigo quando conheci a pequena grande Elsa. Uma criança – adulta, não pelas atitudes, mas pelos pensamentos tão sábios.
Elsa morava em um edifício, com três andares, todos eles com moradores super peculiares, me lembrou bastante a Vila do Chaves, afinal, cada um era bem diferente do outro, viviam brigando, mas acima de tudo, se amando e se ajudando. Ah, não podemos esquecer do Wurse, o grande amigo cachorro, que se fez presente na vida de Elsa nos momentos mais difíceis. Aquele cachorro enorme, com cara de mau, mas que amava chocolate, sonhos e um cafuné! Ele fora um dos melhores presentes que a vovó deixou!
“A gente tem que escolher nossas batalhas se for possível, mas se a batalha escolher você é preciso enfiar o pé no meio das pernas do cretino.”
Aqui temos uma história linda, cheia de altos e baixos, de grandes descobertas, de autoconhecimento, aceitação, amizade, família, tolerância e perda! Uma trama que funde a realidade com a fantasia, que nos deixa ávidos por saber mais a fundo quem eram os moradores, não apenas no edifício da Elsa, mas também da amada Terra-dos-quase-despertos, que se fez presente desde o início da trama!
“Minha avó pede desculpas” possui uma enredo profundo, tocante e único, e o legado que a vovó deixou para Elsa, a cavaleira mais corajosa de todo o mundo, e que a gente se apaixona de uma forma que nem 10 mil eternidades de contos de fadas poderemos descrever a profundidade, fora a maior prova de amor de um ser humano pode deixar para outro!
“Viva e dê risada e sonhe para levar histórias novas para Miamas. Eu te espero lá. Talvez o vovô também. Sei lá. Mas vai ser a maior aventura.
Desculpe por eu ser tão louca. Eu te amo. Cacete, como eu te amo.”