Nevernight (Crônicas da Quasinoite #1)

Jay Kristoff

Editora: Plataforma 21

Páginas: 608

Ano: 2017

Sinopse:

Há histórias sobre Mia Corvere, nem todas verdadeiras. Alguns a chamam de Moça Branca. Ou a Faz-Rei. Ou o Corvo. A matadora de matadores. Mas, uma coisa é certa, você deveria temê-la. Quando ela era criança, Darius Corvere – seu pai – foi acusado de insurreição contra a República de Itreya. Mia estava presente quando o carrasco puxou a alavanca, viu o rosto do pai se arroxeando e seus pés dançando à procura do chão, enquanto os cidadãos de Godsgrave gritavam “traidor, traidor, traidor”... No mesmo dia, viu a mãe e o irmão caçula serem presos em nome de Aa, o Deus da Luz. E, embora os três sóis daquela terra não permitam que anoiteça por completo, uma escuridão digna de trevas tomou conta da menina. As sombras nunca mais a largaram. Mia, agora com dezesseis anos, não se esqueceu daqueles que destruíram sua família. Deseja tirar a vida de todos eles. É por isso que ela quer se tornar uma serva da Igreja Vermelha – o mais mortal rebanho de assassinos de toda a República. O treinamento será árduo. Os professores não terão misericórdia. Não há espaço para amor ou amizade. Seus colegas e as provas poderão matá-la. Mas, se sobreviver até a iniciação, se for escolhida por Nossa Senhora do Bendito Assassinato… O maior massacre do qual se terá notícia poderá acontecer. Mia vai se vingar.

“– Nunca trema. – Um sussurro frio no ouvido. – Nunca tema. E nunca, jamais, esqueça.”

Há muito tempo eu desenvolvi um método de iniciar minhas resenhas e um padrão de como me expressar por elas. Mas com Nevernight eu irei jogar tudo pelos ares, porque foi isso que ele livro fez comigo.

“– Não me refiro à sua mãe, senhor, mas à Fauce. Niah. A Deusa da Noite. Nossa Senhora do Bendito Assassinato. Uma das esposas de Aa, e mãe da Treva faminta dentro de todos nós.”

Desde quando ele foi lançado, eu me apaixonei pela capa e pela sinopse de uma forma tão grande que fiz uma promessa de lê-lo o mais rápido possível. Mas isso só aconteceu quando ganhei meu Kindle. kkk Porém, creio que a espera valeu a pena, sabe? Eu valorizei cada página do livro, principalmente as hilárias notas de rodapé. Entrei dentro dessa história incrível, maravilhosa e extremamente bem escrita.

“No fim das contas, existem dois tipos de pessoa neste e noutros mundos: aqueles que fogem e aqueles que lutam. Entre vocês há muitos termos para este último tipo de gente. Sanguinário. Instinto assassino. Mais coragem que cérebro.”

Somos apresentados a vida de Mia Corvere, uma jovem que viu o pai morrer bem à sua frente, acusado de insurreição contra a República de Itreya e sentenciado a forca. Ela era apenas uma criança de 10 anos e foi obrigada a presenciar uma cena tão devastadora e forte como essa.

“– Não, Mia Corvere. A beleza vem de berço, mas a inteligência é uma conquista.”

E como se esse dia não pudesse ficar pior, a mãe e o irmãozinho foram presos na mais assombrosa prisão, a pedra filosofal, um lugar terrível e que enlouqueceria a mais sã das pessoas. Com tanta dor e sofrimento, a escuridão envolveu a pequena Mia e nunca mais a deixou. Ela e as sombras se tornaram uma só.

“– Tenho chá – suspirou Mercurio. – E bolo.

A menina tentou abafar o ronco da barriga com as duas mãos.

– Bolo de quê?

– De graça.

Mia fez beicinho. Lambeu os lábios e sentiu gosto de sangue.

– É o meu favorito.

E tomou a mão do velho.”

Seis anos após esses fatídicos acontecimentos, o maior desejo de Mia é se vingar de todos que destruíram sua família, de toda a dor que lhe foi infligida e de ter sido abandonada a própria sorte. E é através dessa sede se vingança que Mia decide se tornar uma serva da Igreja Vermelha. Mas não pensem que nesse local existem pessoas santas e religiosas, pelo contrario, ali estão os mais temíveis assassinos de toda a República, os servos da Nossa Senhora do Bendito Assassinato.

“– Faz quanto tempo que ela te ouve?

– Quem?

– A Escuridão. Faz quanto tempo que ela ouve o seu chamado?

– Não sei do que você está falando.”

Uma divindade da morte? Sim, meus queridos leitores. Mia passará por um treinamento severo, rígido e nem um pouco misericordioso, onde qualquer deslize poderá matá-la. Mas é assim que se formam as melhores lâminas da igreja vermelha, e nossa garota precisará ser forte o suficiente para se tornar uma serva de Niah, a deusa da noite.

 “E então ela soube. Como sempre soubera. Não importavam os quilômetros, os anos, os livros empoeirados e as mãos ensanguentadas e a penumbra nociva. Ferro, vidro ou aço: não fazia qualquer diferença do que era feita. O que importava de verdade era no que ela se tornaria depois de matar aquele garoto.”

Pelos dentes da fauce filhas, que história foi essa! Nevernight se tornou uma das minhas fantasias preferidas da vida, assim que acabei de ler, já queria recomeçar. E confesso a vocês, é raro eu me apaixonar tanto assim por um livro, ao ponto de sonhar que estou dentro dele. hahah Jay Kristoff entrou para o rol dos meus autores queridinhos, esse homem é um gênio! Ele criou um universo inteiramente novo e bastante bem construído, durante a leitura eu me pegava pensando no tamanho da criatividade que ele possui.

Mia é uma garota adorável, sensível e possui um bom coração apesar de todas as coisas ruins que já sofreu na vida, mas mesmo assim consegue ser uma das assassinas mais temíveis que a igreja vermelha já teve o privilégio de treinar. Agora, se ela se tornará uma lâmina ou não, vocês só descobrirão lendo esse hino de livro. hahah

O próximo da série, Godsgrave, foi lançado em junho aqui no Brasil, no mês do meu aniversário. Melhor presente desses meus 22 anos de vida.

Publicado em: 28/10/2019

01 Comentário

  1. Marina Mafra28 out, 2019Responder

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