Sinopse:
Duas almas atormentadas unidas por uma grande paixão. A linda e encantadora Jasmine Greene nasceu para brilhar. Cantora nata, ela cresceu sabendo que tinha vindo ao mundo para ser famosa, pois sua mãe — uma artista frustrada que concentrava na filha todas as suas expectativas — não a deixava se esquecer disso um minuto sequer. A vida da jovem de 16 anos se resume a estúdios, aulas de dança e canto e a inúmeros testes para ser o grande nome da música pop. Ela não tem tempo nem de ir à escola, é educada em casa e sofre com a rotina atribulada. Para Jasmine, o pior de tudo é não poder cantar soul, sua paixão. Mas ela não reclama, porque, na verdade, seu maior sonho é fazer com que a mãe tenha orgulho dela. Elliott Adams é uma alma atormentada. Para ele, cada dia é uma batalha a ser vencida. O rapaz tímido, humilde e franzino sofre bullying na escola por causa de sua aparência e por ser gago. Mas ele é mais forte do que imagina e encontrou em seu saxofone uma válvula de escape. Tira todas as suas forças dos acordes de Duke Ellington, Charlie Parker e Ella Fitzgerald, seus maiores ídolos. Quando Jasmine finalmente consegue a permissão da mãe para frequentar a escola pela primeira vez na vida, sente que ganhou na loteria. Adora estar cercada de pessoas da sua idade, que vivem os mesmos dilemas e questionamentos... ela só odeia ver o garoto mais encantador que já conheceu na vida sofrer na mão dos valentões e fará tudo o que estiver ao seu alcance para mostrar a Elliott que ele não está sozinho. Aos poucos, esses dois jovens sofredores irão descobrir que têm muito mais em comum do que o amor pela música. Mas será que vão superar as reviravoltas que o destino preparou para eles?
Conheci a Brittainy C. Cherry a partir do livro Sr. Daniels. Não vou dizer que li todos os livros de sua autoria, pois sou humana e costumo deixar de conhecer grandes histórias por causa das capas e, nesse quesito, as editoras pecam muito. Entretanto, devo dizer que a autora nos apresenta histórias que chegam até a nossa alma, de uma forma inigualável. Então, se você é igual a essa criatura que vos fala e adora uma história cheia de dramas, e pessoas quebradas, “No ritmo do amor” foi feito para você, ou melhor, para nós.
“A vida era mesmo extraordinária. Às vezes, ela seguia por direções que não poderíamos nunca imaginar. Porém, o mais incrível nos seres humanos é a nossa capacidade de nos adaptar a essas mudanças.”
Jasmine Greene nasceu com o dom da música, seu brilho era algo que ofuscava tudo por onde passava, mas, por mais que sua alma implorasse pelo soul, sua mãe insistia que ela deveria seguir a carreira pop. Para realizar o sonho de sua mãe, a garota se submetia a todos os seus caprichos, desde as dietas, as aulas de balé e as cruéis aulas didáticas aplicadas por ela. Mas seu sonho de viver como uma adolescente normal e frequentar o colégio foi realizado quando Ray, seu padrasto, arrumou um trabalho fixo em Nova Orleans.
Apesar de ter sido muito bem recebida, principalmente pela turma popular da escola, o coração de Jasmine batia mais forte quando encontrava o garoto franzino, tímido, que usava óculos de aros finos e sofria bullying e agressões no colégio.
“Éramos completamente opostos de muitas formas. Eu era a nova garota popular na escola, e ele, o garoto tímido que sofria bullying. Eu era extrovertida; e ele acanhado. Eu estava perdida; ele era o caminho de voltar pra casa.”
Elliott desde a infância teve uma vida difícil, mas durante a adolescência precisou ser forte o suficiente para sobreviver as adversidades da vida e as agressões físicas e psicológicas no colégio. Porém, encontrou no saxofone e na música uma válvula de escape, era neles que encontrava a sua verdade. Sua mãe, sua irmã Katie e TJ, seu amigo, que era quase um pai, eram a razão que ele encontrava para enfrentar os infortúnios da vida, porém, quando Jasmine apareceu, sua força se tornou ainda maior. Eles eram peças aleatórias que se encaixavam perfeitamente, mas as circunstâncias da vida os afastaram, deixando apenas almas perdidas e despedaçadas.
“Sempre que eu pensava em lar, não era um lugar que me vinha a cabeça; eram pessoas. Aquelas que nos lapidavam para que nos tornássemos quem deveríamos ser, aquelas que nos amavam, apesar de nossas cicatrizes e que falavam que essas cicatrizes eram lindas.”
Anos se passaram sem notícias um do outro, ambos solitários, tristes e feridos. Marcas que sangravam dia após dia.
Conseguiriam eles, encontrar suas verdades novamente?
Preciso dizer que, como sempre, a Brittainy me fez apaixonar por todos esses personagens tão quebrados. Ela tem o dom de criá-los de uma forma triste e ao mesmo tempo inspiradora. Por mais que tenhamos aqui assuntos extremamente complexos, a autora soube transformá-los em algo bonito, não por romantizar a história, mas para nos provar que todos, sem exceção, temos a capacidade de nos reerguer e seguir em frente, mesmo diante de tantas provações e obstáculos.