Sinopse:
O futuro chegou. E é pior do que os nossos pesadelos. O século 22 é uma época escura, feita de cibernética, inteligências artificiais, megacorporações que controlam os governos, redes sociais onipresentes, gangues e violência. No centro de tudo, uma metrópole se ergue em plataformas sucessivas, com prédios que se elevam acima das nuvens. Construída sobre o que já foi Nova York, Delta City abriga as maiores corporações e milhões de habitantes. Mas, nas ruas sob as plataformas, a Cidade Baixa é o lar de criminosos, miseráveis e escória. O lar de Ozob. Ozob, um construto genético encomendado por uma corporação, feito à imagem da mente insana de seu criador. Perseguido por seus irmãos sanguinários, só tem mais dois anos de vida. Para ele, nenhum minuto pode ser desperdiçado.
“Beija meu nariz, desgraçado!”
Em tempos de lançamento e adiamento, vai e não vai, do jogo eletrônico Cyberpunk 2077, a literatura nacional coopera com uma distopia frenética onde o futuro é pior do que imaginamos ser um dia.
Ozob foi um personagem que nasceu dos capítulos do nerdcast de RPG do jovem nerd, sob o olho de um dos fundadores, Deive Pazos, disto, Leonel Caldela aceitou trazer essa lenda incrível para o mundo literário.
“Precisamos de gente como Johnny – Porque eles têm medo da música. Têm medo da cultura. Têm medo que a gente pense, ria, transe, leia, crie. Eles controlam tudo porque têm do que o mundo seria se não fosse controlado”
A história é intercalada entre o passado e o presente de Ozob, ele é um replicante albino que vive em um universo que é domado pela tecnologia. Ao que possa parecer, Ozob é muito mais que um universo distópico, e sim o ensinamento de como apesar dos anos passarem, a luta de classes continua. O oprimido com sede de sangue e desejo de virar opressor.
Impressionante a visão do autor sob um futuro caótico de forma totalmente original, me orgulha muito saber que o livro é nosso, criado aqui no Brasil.
“- Você acha que uma ideia é imortal?
-Uma ideia é frágil. As corporações vão pisotear uma ideia até que morra. Ou até que se torne uma ideia completamente diferente, mais adequada aos interesses do mercado. Uma ideia não morre com um tiro, mas morre com indiferença.”
O livro é para maiores de idade por conta da violência que é narrada. Os personagens secundários são incríveis também, principalmente California, a minha favorita. Em questão de desenvolvimento, o livro não peca em momento algum.
Para amantes de cyberpunk, esse livro é uma boa pedida. E para quem quer se aventurar em leituras originais com conteúdo cruel, o livro é perfeito.