Verity

Colleen Hoover

Editora: Galera Record

Páginas: 320

Ano: 2020

Sinopse:

Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity - e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente - incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity? Em Verity , Colleen Hoover se afasta do estilo que a consagrou, os romances, para se aventurar em um suspense psicológico que deixou todo o mercado editorial sem palavras de tão avassalador. Através de uma narrativa perturbadora e chocante, Verity explora o lado mais sombrio das relações humanas deixando uma surpresa chocante no final.

Como fã de Colleen Hoover, digo que essa mulher é incrível e surpreendente, Verity é a prova disso, não espere encontrar nele nada que você acha conhecer das obras de CoHo, mas ao mesmo tempo, espere encontrar tudo e mais um pouco. Confesso que esse livro me deixou dividida em diversos momentos.

Verity Crawford, uma escritora incrível, acaba se envolvendo em um acidente terrível que a deixa – supostamente – incapaz de praticar qualquer atividade, por mais simples que fosse. Sendo assim, seu marido, Jeremy, decide ir atrás de alguma escritora que seja boa o suficiente para que termine sua série de livros, é nesse momento que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência, porém boa o suficiente para despertar o interesse de Jeremy, em todos os sentidos.

Um escritor não deveria se atrever a escrever sobre si mesmo a menos que esteja disposto a remover todas as camadas de proteção que separaram sua alma do livro.

Low, depois de muita insistência, acaba se mudando provisoriamente para a casa dos Crawford, para que consiga conhecer a autora principal e tentar compreender sua linha de raciocínio para as futuras obras. Porém, o que ela não esperava, é que acabaria descobrindo o lado mais sombrio de Verity.

No escritório da casa, onde ficam os trabalhos da dona, Low encontra um manuscrito de uma biografia da própria autora, convenhamos que se tratando de biografia, podemos esperar as melhores e piores versões de cada pessoa, essa, de fato, foi a pior e mais cruel.

O que você vai ler às vezes terá um gosto tão ruim que terá vontade de cuspir. Mas vai engolir essas palavras a ponto de elas fazerem parte de você, das suas vísceras, a ponto de elas te machucarem.

Apesar de o livro ser extremamente perturbador, a leitura acaba fluindo de forma tranquila, pelo fato da escrita ser de fácil entendimento, mesmo assim, eu a interrompi diversas vezes, pois a história é bem pesada e cheia de gatilhos.

Lembra que no início eu disse sobre não esperar nada igual na escrita da CoHo mas, mesmo assim, esperar tudo e mais um pouco? Pois então, óbvio que não poderia faltar uma boa carta, é aí que começam a surgir os grupos a favor do manuscrito ou carta, eu, para dizer a verdade, não sei o que escolher, porque acreditem ou não, não consigo mensurar qual seria pior ou “menos” pior.

Aprendi muito cedo que seres humanos não são compostos de uma coisa só. Somos duas partes que compõem o todo.

Temos a consciência, que inclui a mente e a alma, as partes intangíveis.

E temos o ser físico: a máquina que sustenta a consciência e nos faz sobreviver.

Se estragar essa máquina, você morre. Se negligenciar essa máquina, você morre. Se achar que sua consciência pode sobreviver sem a máquina, você morre logo depois de descobrir que estava errado.

Como em quase 100% dos livros da autora, Verity não deixa nada a desejar no quesito surpresa, a cada capítulo algo me surpreendeu. Vejo muitos comentários sobre a famosa cena do cabide, e ele é horrível, mas acredito que existam piores, como a da escada, onde Verity, até então em estado vegetativo, aparece nela encarando Low, ou ainda pior, a cena em que ela usa a própria confissão de Verity no manuscrito, para que Jeremy consiga se vingar da esposa, sufocando-a de forma cruel, acreditando amenizar seu próprio sofrimento. Resumindo, acredito que os três personagens sejam igualmente loucos e perturbados – no sentido literal.

Por fim, gostaria de deixar aqui registrado que, apesar de não ter psicológico bom o suficiente para ler esse suspense, ainda assim achei magnífico do início ao fim, pelo fato da CoHo me surpreender com sua capacidade genial de escrita e criação, gostaria de viver no cérebro dela para tentar entender como ele funciona. Por um instante pensei que não conseguiria mais ler seus livros, porém hoje só consigo pensar em qual será o próximo. Então, leiam Verity, e se permitam ter a mesma ressaca literária que eu tive e que só a Colleen Hoover consegue curar.

Publicado em: 24/06/2024

01 Comentário

  1. Marina Mafra24 jun, 2024Responder

deixe seu comentário