Sinopse:
Após o grande sucesso do livro Amor em Manhattan, Sarah Morgan retorna às livrarias brasileiras com este novo romance da série “Para Nova York, Com Amor”, que vai aquecer seu coração. Frankie Cole e suas duas melhores amigas inauguraram um novo negócio em Manhattan que está sendo um sucesso. Frankie é designer e ama trabalhar com paisagismo de jardins suspensos nos telhados dos arranha-céus da cidade. Entre amizades verdadeiras e um trabalho gratificante, ela tem tudo para ser feliz. Frankie nunca deu muita atenção às relações românticas, sempre preferindo focar em si e no trabalho. Ela e Matt, irmão de sua melhor amiga, se conhecem há anos, mas nunca tiveram nada além de amizade. Até que ele descobre novas coisas sobre a mulher que pensou conhecer tão bem, e decide que não quer passar mais nenhum dia longe dela. Matt sabe que Frankie se mantém segura por trás de sua barreira emocional, mas fará de tudo para superar os bloqueios e conquistá-la.
“- Um pôr do sol no Central Park – murmurou Frankie. – Não tem como ficar mais perfeito do que isso.” (p. 161)
Quando li Amor em Manhattan, descobri que ele era o primeiro livro da trilogia Para Nova York, com amor. A história gira em torno da vida de três amigas; Paige, Frankie e Eva. Cada uma completamente diferente da outra, achei até engraçado o fato de três pessoas tão distintas e com características nem um pouco semelhantes, serem tão amigas assim. Mas a amizade entre elas é algo lindo, único e extremamente especial. No primeiro livro a história gira em torno da vida de Paige, e mesmo ela sendo a protagonista, quem ganhou o meu coração foi Frankie, por isso fiquei louca de ansiedade para ler o livro dela.
“- Um livro pode oferecer a maioria das experiências que um relacionamento proporciona. Pode fazer rir, pode fazer chorar, pode levá-la a outros mundos e ensinar coisas. Você pode até levá-lo para jantar.” (p. 17)
Francesca Cole, mais conhecida como Frankie, é uma das poucas personagens que mais me fizeram questionar a vida e seus caminhos. Aos 14 anos ela teve uma descoberta horrível, juntando isso ao divorcio e os péssimos hábitos da mãe, a forma de Frankie encarar relacionamentos não era nem um pouco boa. Achei muito bacana a autora ter trabalhado algo assim na história, pois às vezes algumas pessoas agem de um jeito que não nos agrada e nunca paramos para pensar qual é o verdadeiro motivo disso. Claro que existe gente maldosa no mundo, mas em compensação existem muitas pessoas boas, que não conseguem se relacionar com os outros, por traumas e decepções do passado.
“Talvez não se trate de entender. Amizade, talvez, seja amar alguém mesmo quando você nem sempre consegue entendê-lo” (p. 22)
Eu já havia sentido um clima diferente entre Frankie e Matt no primeiro livro, por isso sabia que a construção do relacionamento deles se daria nesse segundo. Confesso que não estava preparada para conhecer quem é o Matt de verdade. Por Deus, eu não posso mais ter nenhum crush literário, a lista é imensa, mas Matt, aaaah…, esse homem não existe mesmo haha. Fiquei encantada com toda a paciência, carinho e amor que ele sempre teve pela Frankie, mesmo quando eram apenas amigos, ele esteve ali ao lado dela, protegendo-a acima de tudo.
“Sua experiência dizia que uma família é algo complicado, enervante, vergonhoso, egoísta e, com muita frequência, doloroso. E quando é a família que a machuca, as feridas de alguma forma são mais profundas e lentas em cicatrizar, talvez porque as expectativas eram diferentes.” (p. 23)
Toda a construção do relacionamento dos dois foi muito bem desenvolvida, Sarah Morgan é genial em criar casais imperfeitos que aprendem um com o outro a buscarem o melhor tanto em si mesmo, como no próprio relacionamento. O romance pode ser aquele clichê que amamos, mas é bem construído de tal modo que eu vivi essa história do inicio ao fim. Senti todos os receios e inseguranças de Frankie, o cuidado e carinho de Matt, e o amor incondicional que une essas três amigas que decidiram sair da ilha de Puffin e se aventurarem na grande Nova York.
“- Confiança é algo sério. Mais do que sexo. Pense nisso. Quando você confia em alguem, você concede a essa pessoa o poder de te machucar. É um troço assustador. É tipo, “Ei, toma aqui um facão afiado. Pode enfiá-lo no meu peito sempre que quiser”.” (p. 49)
Amo quando além de criar histórias, os autores retratam fatos reais e necessários da nossa sociedade que precisam ser discutidos e erradicados. Sarah retratou um desses fatos envolvendo personagens secundários e isso só me fez admirá-la ainda mais. Você autor, que usa da escrita como forma de ganhar corações, aproveite para alertar sobre as mazelas que corrompem o meio em que vivemos e precisam sim ter um fim.
“- Os bloqueios fazem parte de quem somos. O mais importante é que você não precisa ter medo de deixar as pessoas conhecerem quem você é de verdade. Isso é intimidade.” (p. 61)
Frankie é a minha preferida pelo modo de ser, por preferir passar o tempo lendo seus livros, o amor que dedica a suas plantas e as pessoas que realmente ama, lutar caratê (sim, pratiquei esse esporte na adolescência e amava), e a coragem em enfrentar os seus medos apenas para ser o ponto de apoio que sua amiga Eva necessita. E por falar em Eva, estou ansiosa pelo livro dessa romântica incurável.
“A culpa foi diminuindo gradualmente, como uma ferida terrível que pode ate cicatrizar um pouco, mas que nunca some completamente.” (p. 83)
Pôr do sol no Central Park é um daqueles romances que aquecem o coração e deixam o leitor suspirando de amor durante a história. Recomendo com todo o coração que venha conhecer essa trilogia maravilhosa.
“- Se uma pessoa mente uma vez para você, como ter certeza de que não o fará novamente? A confiança acabou. Nada é possível entre duas pessoas se não houver confiança. Nenhum relacionamento é perfeito. Não importa quanto amor exista, sempre haverá conflitos. A vida é imprevisível. Ela sempre envolve o inesperado, o desafiador. Para enfrentá-la é preciso confiança e honestidade.” (p. 228)
“- Você está perguntando se duas pessoas podem se amar e, depois, deixar de se amar? Sim, acho que pode acontecer. A vida é capaz de colocar qualquer relacionamento à prova, mas uma relação forte é capaz de sobreviver.” (p. 260)