Sinopse:
Frank está descobrindo o amor ― e você está prestes a se apaixonar por este livro. Frank nunca conseguiu conciliar as expectativas de sua família tradicional coreana com sua vida de adolescente na Califórnia. E tudo se complica quando ele começa a sair com a garota de seus sonhos, Brit Means, que é engraçada, inteligente, linda… Basicamente a nora perfeita para seus pais ― caso tivesse origem coreana também. Para poder continuar saindo com quem quiser, Frank começa um namoro de mentira com Joy Song, filha de um casal de amigos da família, que está passando pelo mesmo problema. Parece o plano perfeito, mas logo Frank vai perceber que talvez não entenda o amor ― e a si mesmo ― tão bem assim.
Quando o mundo vira de cabeça pra baixo, a gente fica grato pelo que permanece no lugar. (Pág. 212)
Ai, gente. Nem sei como começar a falar desse livro lindo, mas vamos lá…
Primeiro, vocês precisam saber que esse não é um livro romântico e está longe de ser fofo. Ele traz a bagagem pesada do amor e o quanto às vezes somos os únicos culpados pela bola de merda em que nos metemos. Eu disse às vezes? Quis dizer sempre! Hahaha
Todo mundo tem a beleza dentro de si, basta olhar com cuidado. (Pág.19)
Frank é um jovem nerd e coreano, filho de pais extremamente racistas, ao ponto de só se relacionarem com coreanos. A grande dificuldade é que eles resolveram tentar a vida no Estados Unidos e os filhos nasceram lá. Quais as chances dos coitados só se relacionarem com coreanos? Cara, isso me irritou profundamente na história. Consegui sentir a angústia e compreender a revolta do protagonista. Que ficassem na Coreia, né? (Humpf)
As pessoas que se permitem aprender são as melhores. (Pág. 215)
O que era mais temido acontece, Frank se apaixona por Brit e não só esconde dos pais, como dela a situação. A menina estranha não ser apresentada para a família dele, mas se esforça para respeitar as esquisitices do namorado.
(…) é possível dizer que ama alguém de verdade quando sempre se mantém certa distância? (Pág.169)
Até que seus pais resolvem aproximar Frank de Joy, filha de amigos da família. Compreendendo a situação, os dois jovens falam sobre e percebem que estão na mesma situação: apaixonados por pessoas que os pai JAMAIS irão aprovar. É quando eles resolvem fingir um namoro para poder sair e em vez de ser juntos, saem escondidos com os namorados de verdade que, não sabem da farça.
Ela parece exatamente como eu me sinto: presa. Estamos presos. Mas também estamos cansados de ficar presos. (Pág. 84)
Tava tudo errado, né? Hahaha Eu só pensava nisso, que tinha tudo pra dar errado. Só eles não se deram conta. Mas não os julgo, acho que no calor do momento tomamos decisões meio burrinhas.
É como se meu coração tivesse se transformado em chumbo e de repente fosse pesado demais pra carregar sozinho. (Pág. 176)
As coisas não saíram como eles imaginavam. Acabam todos machucados, ou melhor, estraçalhados!
Gostaria que as coisas fossem mais simples. Mas sinto que tenho dito muito isso ultimamente. E dói um pouco mais a cada vez. (Pág. 317)
Mas a história não fica apenas nós dilemas amorosos. Somos transportados para o drama familiar, que é impossível não comparar com o que quer que você viva com a sua família. A certeza de querer o melhor, mas de alguma forma, por não saber expressar, podemos parecer autoritários e egoístas. A importância do diálogo e de realmente abrir o coração, para permitir ser compreendido.
Nada é uma única coisa apenas. Na verdade, o que começa como uma coisa pode se transformar em algo completamente diferente. (Pág. 337)
Acredito que tudo que envolva valores é individual e ainda que não concorde, deve haver respeito, pelo bem da convivência, antes que seja tarde demais.
O que tudo isso quer dizer, caralho? Você vive, trabalha, morre. Um dia briga com pessoas que são suas amigas desde sempre e no dia seguinte é como se fossem desconhecidas? (Pág. 321)
Em uma linguagem adolescente, o livro é narrado em primeira pessoa pelo Frank. O enredo traz muito da cultura coreana, até alguns diálogos que me deixaram boiando e só captando a essência mesmo. De modo geral foi bastante encantador, mas os ensinamentos doloridos me tiraram o chão. Ser o único responsável pelas escolhas que fazemos, mesmo envolvendo outras pessoas é um soco no estômago.
Se você tem a determinação para fazer algo, se comprometer e não desistir, é capaz de qualquer coisa. E não tem determinação maior do que aquela de amar quem se quer. (Pág. 350)
Só não favoritei por ter pegado algumas referências dos livros do John Green e isso sempre me incomoda nos livros. Acho que com uma história rica dessas, não havia necessidade de usar referências e expressões tão parecidas – ou idênticas -, mas recomendo pelo contexto.
Sempre vou te amar. Você aceita o fato de quem sempre vamos amar um ao outro e que foi tudo uma questão de circunstâncias? (Pág. 375)
O autor é casado com a autora de Tudo e todas as coisas, que já resenhei aqui. O que me deixou muito curiosa sobre o quanto de biográfico possa ter nessa história, já que o autor é coreano e a esposa negra.
É o tipo de livro que faz com que eu me sinta compreendida durante a leitura e que desperte em meu coração o desejo de ser uma pessoa melhor.
Você ama o bastante pra chorar. Admiro isso. (Pág. 368)
Fiz a leitura por ser uma das viagens do clube do livro Turista Literário, só consigo agradecer por sempre selecionarem as melhores histórias para os viajantes.