Sinopse:
Em Dança da Escuridão, a aguardada sequência de Horror na Colina de Darrington, Ben Simons desperta abruptamente e se vê amarrado a uma cadeira de metal, imerso no breu de um local desconhecido. A voz que grita é a de um homem misterioso e sem escrúpulos, que não poupará esforços para extrair de seu interior a obscura confirmação que tanto deseja... o mal presente na sua origem. Agora, para entender o que aquilo significa, o que o colocou na situação de alvo da seita, e tentar salvar todos que estão em perigo por sua causa, ele precisará remontar seus passos desde muito antes da fuga do sanatório ou do episódio na Colina de Darrington e confrontar os tentáculos da aterrorizante organização, que se mostram cada vez mais presentes em todos os lugares. QUANTO DO BOM MENINO AINDA RESTA? O QUANTO AGORA É ESCURIDÃO?
“- Quanto do menino bom ainda resta aí nessa carcaça acabada?” (Página 16)
Olá meu caro leitor, tudo bem por ai? Como tem passado após os onze fatídicos anos de tudo o que aconteceu em Horror na Colina de Darrington? O quê? Você não sabe o que aconteceu com o Benjamin? Segure em minhas mãos, aquiete o seu coração e embarque nessa resenha.
Após todos os macabros eventos que ocorreram no casarão em Darrington e que mudaram drasticamente a vida de Benjamin Francis Simons, mais conhecido como Ben, onze anos se passaram. Você que leu o primeiro livro, se lembra onde Ben passou esses últimos anos, correto? E você que ainda não leu, prepare o seu estômago quando descobrir.
“No fundo, em algum lugar, eu não queria pensar daquele jeito, nem agir daquela forma. Eu poderia não ser mais o garoto inocente de dezessete anos que viajou para Darrington nas férias, onze anos atrás, mas isso não significava que precisava me transformar no monstro que desenhavam por aí. Não, eu não lhes daria esse prazer.” (Página 44)
Ao acordar preso por fortes cordas em uma dura cadeira de metal, Ben não faz ideia de como foi parar lá, e nem em qual lugar está. Mas algo de muito errado está ocorrendo, e quando os gritos de uma voz conhecida, que pertence a alguém que ele odeia profundamente, começam a ecoar em seus ouvidos, ele percebe que o mal está cada vez mais próximo.
Onze anos após Darrington, Ben finalmente vai descobrir qual é o verdadeiro motivo que o colocou como alvo número um da maligna seita. A verdade é muito mais antiga e macabra do que ele jamais poderia esperar. Existe um mal presente em sua origem, e é isso que eles querem, apenas isso, o grande mal.
“Nunca fui muito fã do meu passado, por mais bizarro que isso possa parecer. Não fui o tipo clássico de órfão que se interessa pelos pais biológicos, faz perguntas, pesquisa por conta própria. Algo dentro de mim sempre me disse para manter distância do passado, por segurança.” (Página 94)
Eu tenho um certo bloqueio mental para falar sobre um livro quando eu o amei profundamente, parece que nada do que eu falar, vai enaltecer o livro da forma que ele merece rs. Pois bem, Em Dança da Escuridão, Marcus mais uma vez ganhou o meu coração pela forma belíssima de escrever e elaborar uma narrativa viciante. Muitas perguntas que eu havia me feito em Horror na Colina de Darrington, foram respondidas nessa continuação, e confesso que foi um choque profundo quando a verdade veio a tona.
Ben sempre teve um lugar no meu coração, aquele jovem bondoso de dezessete anos que tanto lutou em Darrington, mais uma vez nos mostra a força que ele possui. A transição do personagem durante esses onze anos de tempo, foi algo bem trabalhado, pude acompanhar a transformação dolorosa do menino em homem, e entender tudo o que se passou em sua mente. Os personagens secundários foram um ponto auto na história, principalmente um certo jovenzinho.
“- Pensamentos bons têm poder sobre pensamentos ruins, Benjamin – Jacob explicou com sabedoria. – Um dia pode ter 23 horas de pensamentos ruins, mas basta um único pensamento bom o suficiente na hora de numero 24 para que todo o restante do dia perca a importância.” (Página 135)
Sempre procurei me informar sobre símbolos, ocultismo e sociedades secretas, confesso que sou curiosa demais em relação a esses assuntos. E logo no primeiro livro o autor nos apresenta uma seita tão maligna, cruel e impiedosa que me chocou. Mas o verdadeiro choque e pavor veio nessa continuação. Pode ser ficção, mas acredite meu amado leitor, infelizmente o mundo é repleto de seitas assim.
Criei tantas expectativas sobre essa continuação e digo a vocês com a mais pura verdade, Dança da Escuridão superou todas elas. Esse é um livro forte, bem escrito, e que mostra a luta contra as guerras do passado e do presente, e a grande batalha contra o mal. A diagramação está impecável (parabéns Faro, vocês são os melhores) e as ilustrações dão uma nova cara a leitura. Recomendo a história de Benjamin Francis Simons com todo o meu coração. E cuidado com o que está atrás de você nesse momento, afinal, nunca sabemos onde o mal pode estar.
“Certas feridas só se curam com o tempo, e algumas, como aquelas, mesmo depois de vários anos, ainda permaneciam abertas.” (Página 248)