O menino múltiplo

Andrée Chedid

Editora: Martin Claret

Páginas: 265

Ano: 2018

Sinopse:

Filho de pai muçulmano egípcio e mãe católica libanesa, Omar-Jo carrega suas origens no nome. Durante a guerra do Líbano, em 1987, um carro-bomba leva seus pais e seu braço. E o menino de doze anos é enviado pelo avô, trovador, a Paris. É onde ocorre o encontro do Oriente com o Ocidente, do menino-duplo com as luzes, as cores, os sons e os movimentos do Carrossel de Maxime; o rabugento proprietário que, pouco a pouco, reencontra com o menino, então múltiplo, a alegria de viver. Alteridade, amor e tolerância fazem parte do enredo poético. A ser lido em voz alta.

Acredito que as histórias podem cair nas nossas vidas quando precisamos delas. Recebi esse livro em 2017 e não faço ideia do motivo de ter ficado parado, já que ganhei em parceria com a editora e sempre priorizo as parcerias. Mas acho que o universo esperou o momento de eu estar no chão, pra me lembrar que viver pode ser incrível.

Eu nunca vi algo tão trágico e tão engraçado como esse menino!

A história é simples e curta, pode ser lida rapidamente, mas a mensagem que traz é rica demais.

Maxime largou tudo para comprar um Carrossel.  Localizado em um ponto estratégico, foi a alegria do empresário e de seus clientes por um bom tempo. Ele não teve o apoio da família, então acabou de afastando de todos.

Com o tempo, os negócios caíram de forma drástica e sem perspectivas, Maxime começou a definhar junto com as suas finanças.

Omar-Jo aparece no Carrossel, puxa assunto e propõe várias ideias para ajudar as coisas a melhorarem por ali. Maxime que, em um primeiro momento se assusta pela aparência do menino, não se anima em dar atenção, mas o danado soube ser convincente.

Guardando um histórico trágico, que deixou a sua aparência diferente e chocante, Omar-Jo não parece se importar com a sua aparência e muito menos com o que os outros pensam sobre ela. Com uma disposição invejável, ele só consegue observar a vida de uma forma positiva e em poucos dias, conquista o coração de Maxime.

O menino não apenas devolveu o brilho aos negócios do Carrossel, com suas apresentações engraçadas para entreter os clientes adultos ou crianças, enquanto rodavam no brinquedo. Ele fez o empresário e, agora amigo, perceber que viver ía muito além do sucesso nos negócios, mas a forma como se media o sucesso fazia toda a diferença para a satisfação interna.

A narrativa é em terceira pessoa e os capítulos alternam entre nos mostrar a vida de Omar-Jo antes do acidente, a vida dos pais antes dele, como ele chegou até Maxime e o que essa linda amizade nos ensinou de maravilhoso.

Mais uma leitura que deveria ser obrigatória, com um enredo que veio para nos provar que ser feliz é uma questão de simplesmente ser.

Eu não trabalho, eu me divirto!

Como eu recomendo esse livro.💓

Publicado em: 11/05/2019

01 Comentário

  1. Le13 maio, 2019Responder

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