Pollyanna moça

Eleanor H. Porter

Editora: Pandorga

Páginas: 206

Ano: 2019

Sinopse:

Pollyana agora é uma encantadora adolescente e amada por todos. Sua fama de pessoa especial ultrapassa os limites de Beldingsville. Quando recebe um convite para passar uma temporada em Boston, novas experiências vêm enriquecer sua vida. Ela passa a conviver com pessoas interessantes, faz amizades, ensina e aprende, e ajuda pessoas necessitadas que vai encontrando em seu caminho.

“Não é tudo, só o começo. Pollyanna está aqui há quatro dias – os dias mais cheios que já vivi. Todos estão encantados com ela. Mas não pense que eu também estou.” Página 30

Acredito que todos que leram Pollyanna, se perguntou em algum momento como seria aquela garotinha cheia de alegria e otimismo quando fosse mais velha. Em Pollyanna moça, a sequência do primeiro livro vamos acompanhar a protagonista em dois momentos, na adolescência e no início da idade adulta.

“Se Boston era uma experiência para Pollyanna, para a cidade a menina era também uma nova experiência” Página 31 

A primeira parte da história se passa dois anos depois do primeiro livro e se inicia após Pollyanna ter passado por um tratamento médico para se recuperar de um acidente. A garota continua alegre, entusiasmada e seguindo fielmente o “jogo do contente”, isto cativa Della, a enfermeira que lhe presta assistência durante o período que ficou internada.

Pollyanna segue morando com tia Polly e dr. Chilton, que precisa passar uma temporada na Alemanha e convida Polly para acompanhá-lo. Os dois optam por enviar a garota à um internato, no entanto, a notícia chega à Della, que, prontamente, oferece a casa de sua irmã, Ruth, em Boston, para a estadia de Pollyanna, tendo em vista que o bom humor da garota seria de grande valia para a solitária e mau humorada Ruth. Apesar da hesitação imediata, Polly aceita a proposta e envia Pollyana para Boston, onde ela descobrirá que nem tudo pode proporcionar alegria.

Não vejo nessa questão de miséria uma coisa que possa dar alegria à gente. Claro que podemos ficar contentes por não sermos miseráveis também, mas ao mesmo tempo em que fico alegre por isso, fico triste por causa deles, que não podem ser alegres.” Página 86

O livro possui, também, uma segunda parte, onde ocorre uma passagem de tempo e Pollyanna volta da Alemanha com sua tia, aos 20 anos de idade. As duas retornam em um momento de dificuldade e provações, no entanto, mais uma vez a jovem se mostra capaz de lidar com as adversidades da vida.

“E a gente só entende como certas coisas são importantes quando elas nos faltam” Página 42

Confesso que me envolvi mais com esse segundo livro, talvez devido aos personagens e tramas que foram melhor desenvolvidos. Mesmo sendo um livro infanto juvenil é tão rico e traz diversas discussões que são pertinentes até os dias de hoje.

“Não compreendo mesmo por que umas pessoas podem ter tanto e outras nada têm. Não gosto disso.” Página 104

Adorei rever aquela personagem que tanto me encantou, mais velha e sem perder sua essência. Os novos personagens são tão adoráveis quanto os do primeiro livro. Novamente encontrei várias reflexões, no entanto um pouco mais densas que as da primeira história.

É uma obra que vale muito a pena ler e recomendo a todos!

“As coisas são como são e não como devem ser.” Página 61

Publicado em: 09/12/2019

01 Comentário

  1. Marina Mafra09 dez, 2019Responder

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