Uma História de Amor e TOC

Corey Ann Haydu

Editora: Galera Record

Páginas: 316

Ano: 2015

Sinopse:

 

Resenha:

Bea e Beck foram diagnosticados com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), quando a ansiedade assume o controle do próprio corpo, fazendo com que os pacientes não consigam controlar algumas ações. Já conhecia a doença, mas o livro me fez entender a gravidade, o desespero de se ver precisando de ajuda para controlar as próprias ações.

Na história Bea belisca sua coxa em momentos de ansiedade, costuma perseguir pessoas, faz anotações sobre a vida íntima dos outros, dirige bem devagar e sempre voltando para conferir se não feriu ninguém e objetos com ponta, cortantes deixam ela completamente desconfortável. Ela possui uma resistência enorme em admitir a doença, o que dá bastante trabalho para a doutora Pat.

 

 

Bea se apaixona por Beck e quando resolve participar da terapia de grupo com demais pacientes de TOC, encontra Beck entre os pacientes.

“Tenho a impressão de que eu poderia lhe mostrar a minha coxa machucada e ele talvez a beijasse, em vez de se encolher com a realidade crua daquilo.”

Beck possui um cuidado excessivo com limpeza, sempre lavando as mãos ou usando lenços umedecidos, extremamente organizado, pega pesado na acadêmia, chegando a passar mal, fica batucando os dedos e o que mais me marcou é a forma como ele é obcecado pelo número 8, fazendo tudo 8 vezes, se manda uma mensagem de texto, envia 8 vezes, se batuca com o dedo, faz 8 vezes. Claro que todos os transtornos são justificados no decorrer da história, o que me manteve presa e obcecada pelo livro.

“Eu poderia amar o jeito como ele é em geral tranquilo, com apenas a ocasional explosão de alegria ou terror. Poderia amar suas mudanças de humor.”

Outro fato que me marcou bastante também foi o relacionamento de Bea com a sua mãe e sua melhor amiga, Lisha. Ter uma doença é complicado, mas estar próximo de alguém que tem é muito complicado também. E a autora trouxe bem a angústia, a impotência e as falhas que podem ser cometidas por não saber como, mas querer muito ajudar.

Em meio a tanta adaptação e luta pra vencer o TOC, Bea e Beck encontram espaço para o amor adolescente, se ajudando, aprendendo e compreendendo cada situação, já que ela é tão familiar para os dois, ao mesmo tempo que vem a dificuldade, fazendo ser quase impossível manter o equilíbrio em um relacionamento de um casal obsessivo-compulsivo.

História incrível, aprendi demais em cada página! Mais um que recomendo. Desse foi impossível escrever pouco.

Publicado em: 15/01/2016

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